terça-feira, 21 de junho de 2011

Paciência de Nobre

Como é sabido, em Abril passado, Fernando Nobre declarou ao «Expresso» que se não fosse eleito Presidente da Assembleia da República renunciaria ao cargo de deputado. Uns dias depois, acertou o passo e tratou de esclarecer que caso não fosse elevado ao lugar de 2ª figura do Estado, na devida altura pensaria sobre qual a decisão a tomar.

Passos Coelho, por seu turno, manteve sempre a mesma posição relativamente aos termos do convite endereçado ao cabeça de lista por Lisboa e, chegada a "hora H", na véspera da tomada de posse do XIX Governo, foi honesto. Alegou que os portugueses apreciam a palavra dada e que ninguém compreenderia que faltasse ao compromisso assumido. Foi incansável. Desde declarações públicas, passando pela reunião que teve com o Grupo Parlamentar do PSD, até ao gesto de ter feito questão de se sentar ao lado do putativo candidato no Plenário da Assembleia. 

Ora, como já se percebera, o "caso Nobre" iria ser um grande berbicacho. Sem mínimas condições de ser eleito após as declarações dos Grupos Parlamentares do CDS e do PS, o Sr. não teve a humildade de se retirar da corrida e foi mesmo a votos. Feita a primeira contagem, verificou-se que nem sequer fez o pleno entre os deputados do PSD. Como se não bastasse, permaneceu inamovível como uma estátua, e sujeitou o maior partido a ver a aposta do líder rejeitada segunda vez, "feito" que nunca fora alcançado.

E lá teve de vir Pedro Passos Coelho "salvar a honra do convento", lamentando que se tivesse perdido um oportunidade de colocar um verdadeiro independente na presidência do Parlamento.

Fernando Nobre, a roçar a insanidade política, ainda teve cara para declarar que falhada a eleição  duas vezes consecutivas, solicitara ao líder do PSD para se retirar e que este tinha aceite o pedido, não sem acrescentar que ocuparia o lugar de deputado enquanto entendesse poder "servir Portugal"!

Moral da história:

Até aqui, uns já tinham manifestado desilusão com o famoso médico da AMI, outros concedido que o Dr. Nobre não tem jeito para a política, e outros ainda que o ex-candidato presidencial é bastante "eclético", digamos assim, nas suas convicções e tomadas de posição. Todavia, o mérito profissional, os altos serviços prestados a favor da comunidade e a hombridade pessoal do "independente" nunca deixaram de ser enaltecidos, porventura com justeza. Seja como fôr, depois das dores de cabeça que causou, é natural que quem não queira mais Fernando Nobre por perto, nem para receitar uma aspirina, seja o próprio Pedro Passos Coelho, e os demais que acreditaram nas suas "qualidades cívicas", que aqui não revelou.    

sábado, 18 de junho de 2011

Um "onze" novidade


Uma vez encerradas as conversações e firmado o acordo entre os dois partidos que integram a coligação, dir-se-ia que este foi um processo bem conduzido, tanto no que respeita à celeridade com que o programa foi concluso, bem como relativamente à discrição e reserva que se impunham. 

Nesta Sexta-feira, mal o Primeiro Ministro indigitado apresentou o seu "onze" ao Senhor Presidente da República, logo o Governo foi tornado público, o que fez atrair a atenção geral, dada a expectativa sobre os novos titulares das pesadas pastas ministeriais.

Sucedem-se agora, comentários e análises para todos os gostos, como é natural.
De facto, pondo de lado considerações sobre a nova orgânica do Governo, e apreciações de mérito sobre o elenco que tomará posse na próxima Terça-feira, dia 21, oferece-nos dizer que o "onze" chamado a integrar o XIX Governo Constitucional constitui uma novidade.

Esperamos agora pela divulgação dos nomes dos futuros Secretários de Estado, para além dos que já são conhecidos, pois estamos em crer que deles em muito irá depender o resultado da governação.          

domingo, 5 de junho de 2011

Música, Maestro!


Numa mensagem esta noite ao país sobre as eleições legislativas de domingo, o Presidente da República frisou que a acção do próximo Governo não está limitada a cumprir o programa de ajustamento financeiro acordado com a União Europeia e o FMI. E voltou a apelar ao voto, dizendo que, quem se abstiver, perderá legitimidade de criticar o executivo.

Fonte: Público online, 04.06.2011 - 20:49
----------

Música, Maestro!
http://www.youtube.com/watch?v=n3Ww9ctk61E

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Altos vôos


Pedro Passos Coelho já descolou para São Bento. Paulo Portas está quase a aterrar nas Necessidades.