quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Home, Sweet Home

Está a causar alarido o caso da família portuguesa, de apelido Sebastião, que emigrou para o Canadá em 2001, foi detectada em situação ilegal naquele País em 2007, e agora, com a prole mais numerosa, tem as malas aviadas de regresso à Ilha São Miguel, por ordem de deportação da parte do Canadian Border Services Agency.

Esgotadas que estão as vias legais  para impedir que esta família seja efectivamente deportada (tudo indica que sim), o Governo Português recorreu à diplomacia. Até escreveu duas cartas, "em cima do joelho", às autoridades de Ottawa, pedindo «um acto de clemência». O gesto é bonito...  

Agora pergunta-se:

Quantos milhares de portugueses vivem no Canadá?
A comunidade lusa emigrada no Canadá é «perseguida», ou antes respeitada? 
As autoridades canadianas deportam cidadãos portugueses a torto e a direito, só porque lhes apetece, ou existe uma lei de imigração naquele País que é para ser cumprida?
A família Sebastião cumpriu a lei canadiana ou não?
As autoridades portuguesas, designadamente o Consulado-Geral em Toronto, área de residência da Família Sebastião, não pôde fazer nada desde 2007 até agora?

... Esta história está mal contada!

PS: É claro que do ponto de vista humano, olhando para o caso em concreto, ninguém fica insensível, sobretudo pelas crianças que não têm culpa nenhuma das irresponsabilidades dos adultos. 
Quanto à maior preocupação da Família Sebastião, o facto de não terem nada na Ilha de São Miguel, o "Querido Líder" do povo insular já teve um gesto. O Governo Regional tem uma casinha pronta para acolher os Sebastião, que ainda terão direito a recepção oficial no Aeroporto, pela certa.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Socorro, Senhor Ministro!


Tem sido noticiado que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) prepara-se para desactivar o serviço nocturno de três dos seus cinco helicópteros.

Macedo de Cavaleiros, Aguiar da Beira e Loulé são, assim, as localidades que correm o risco de perder estes meio de transporte de doentes ou sinistrados.

«O custo de manutenção é elevado e há pouco serviço nocturno», dizem os responsáveis. Falam em 2 cerca de milhões de euros por ano.

Senhor Ministro da Saúde:

Tenha paciência! Mande calar imediatamente essas abéculas e ordene de pronto uma nota  à comunicação social, a esclarecer que os helicópetros são para continuar onde estão, sff.

Mais se sugere: 

Lembre-se sempre dos fogos, na alçada da Administração Interna, e das encomendas feitas «à pressa» de equipamento aéreo de combate aos incêndios...
  
Determine a abertura imediata de um processo de averiguações, com vista a tomar as medidas conducentes à eliminação de gastos absurdos realizados dentro do Instituto que tutela, por certo superiores aos tais 2 milhões de euros por ano, e que nada têm a ver com prestação de qualquer tipo de socorro.

Basta de brincar com assuntos muito sérios!

PS: Se os helicópteros são demasiado dispendiosos e as saídas nocturnas não justificam a sua presença em três dos pontos onde estão de prevenção, o que é que o INEM irá fazer a essas aeronaves? Vendê-las a "bom preço" em hasta pública? Francamente... 

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Soraias poderosas

Soraia Chaves
Actriz e modelo. 

Soraya Sáenz de Santamaría
Vice-Presidente, Ministra da Presidência e Porta-Voz do Governo. 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Aproveitou-se a cor da gravata

Foto: Sol

Falava há dias com um amigo que integrou o «núcleo duro» de Passos Coelho na disputa partidária e agora é um defensor convicto do Primeiro-Ministro.

Sabendo-me noutro registo perguntava-me que «nota» atribuia ao PM ao fim destes 6 meses.

Numa escala de 1 a 5? Sim. Quatro, respondi.

Primeiro, teve a frescura da legitimidade eleitoral e fez coligação depressa e bem.

Segundo, o «caderno de encargos» já fora acertado com a Troika, assumindo esta Legislatura um carácter excepcional por razões de todos conhecidas.

Terceiro, durante largos meses o PS praticamente não existiu e a «rua» foi serena.

Quarto, porque tanto a comunicação social como a opinião pública «pegaram» bem em Passos Coelho, cuja imagem que passa é de alguém que afinal está a sair-se melhor do que se esperava, baixas que eram as expectativas, por um lado, e de alguém que tem chegado aos portugueses num estilo igual a si próprio, de cidadão comum, por outro.

E logo acrescentei: 

Atenção. É possível que o PM não consiga manter esta performance em 2012. 

Nas últimas semanas notou-se que derrapou, sobretudo por ter falado demais.

O maior desafio de todos é mudar o «disco» da austeridade e do déficit.

As pessoas até aqui compreenderam que o País tinha de ir «ao limite». Mas a partir de agora muito dificilmente vão aceitar manter a «corda esticada», sem que do lado dos resultados, (da esperança, do crescimento, da justiça social, das reformas sobre o Estado e medidas sobre os mais poderosos, etc.) vejam que existe uma rota bem definida. Algo que faça sentir a todos que vamos sair mesmo da «fase crítica».       

Moral da história:

É bem mais fácil relatar uma conversa informal num post que escrever a Mensagem de Natal do Primeiro-Ministro.

Vimos Passos Coelho fazer a sua comunicação.

Da primeira vez, demos conta de que trazia uma gravata verde e não conseguimos reter as palavras ou uma ideia-chave... demasiado barulho na sala, pensámos.

Tornámos a ver noutro canal, desta vez sem qualquer ruído... igual.

Por via das dúvidas, fomos ler num jornal online... o mesmo. Com uma agravante - o discurso, para além de vago, enreda-se em de tal maneira que, daquilo que percebemos sobrou a preocupação de aflorar a palavra «Esperança», mesmo a condizer com a cor da gravata.

Era bom que o PM conseguisse descansar um pouco estes dias até ao Ano Novo.

Depois da Mensagem de Natal já parte para 2012 um nível abaixo.

E no Feriado, 1º Janeiro, fala o Senhor Presidente da República.

sábado, 24 de dezembro de 2011

A todos


Bom Natal


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Cautela com as patacas


A secretária de Estado do Tesouro e Finanças, Maria Luís Albuquerque, anunciou hoje que a proposta da Three Gorges, que pagou 2,69 mil milhões por 21,35% da EDP, foi seleccionada por ser “a mais forte em termos globais”. Fonte: Público, 22.12.2011

No Governo estão todos esfuziantes com a venda dos 21.35% da participação estatal portuguesa da EDP à estatal chinesa da «Three Gorges Corporation».

Pode até ter sido o "negócio do século"... veremos.

A ideia da oferta, por si só, e da alienação ser feita à República Popular da China sem que saibamos mais detalhes do negócio, recomenda alguma prudência, pelo menos para já. 

Quem teve a reacção mais sensata foi o PS.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Buena Suerte, Señor Rajoy!

“Juro cumplir fielmente las obligaciones del cargo de presidente de gobierno con lealtad al Rey y guardar y hacer guardar la Constitución como norma fundamental del Estado”, proclamó Rajoy con una mano sobre la Constitución y la otra sobre la Biblia. (...)
Fonte: La Tribuna, 21.12.2011

Não curamos agora aqui do perfil de Mariano Rajoy, do seu percurso, da surpresa geral que foi o elenco  governativo que escolheu, sobretudo Soraya Sáenz de Santamaría para Vice-Presidente, ou das palavras que proferiu.

Atemo-nos num aspecto solene apenas:

Em Espanha o Presidente do Governo, que equivale ao nosso Primeiro-Ministro, no acto formal da tomada de posse presta juramento perante o Rei, colocando a mão direita sobre Constituição e a esquerda sobre a Biblía, diante de um crucifixo, como se vê na foto.

Será que tal rito faz com que Espanha seja democrática, pluralista ou tolerante que Portugal?
Por que será que ainda não acabaram com essa tradição do lado de lá da fronteira?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Tanta asneira para dizer uma coisa tão simples

Após a malfadada declaração de Passos Coelho sobre a emigração dos professores, criou-se um chinfrim tal que já quase ninguém (excepção para Morais Sarmento na Renascença) diz coisa com coisa. 

Desta vez a asneirada veio de onde menos se esperava: de que se havia de lembrar Paulo Rangel? A criação de «uma agência» destinada a promover o êxodo!

Se a ideia era minimizar os estragos, foi pior a emenda que o soneto. Enfim... quem faz declarações públicas nem sempre se sai bem. Nesta, o eurodeputado foi desastrado.

Óh meus Senhores! Vamos lá a ver se nos entendemos:

Não importa aqui escaranfunchar na raiz do problema, que teríamos de remontar ao «monstro» criado na ensino superior quando Cavaco Silva era Primeiro-Ministro.

- Há muito que é sabido que existem jovens quadros em Portugal cujas saídas profissionais o mercado não absorve; 

- Há muito que estamos excessivamente focados na UE, quando um dos eixos estratégicos do País deveria assentar na nossa vocação atlântica e no espaço lusófono;

- Há muito que os altos interesses da nossa geopolítica passam por uma presença forte nos Países de Língua Portuguesa, designadamente através de uma cooperação em domínios, como saúde, educação, justiça, segurança, etc., em que nenhuma outra potência instalada nesses países pode igualar-nos;

- Há muito que, apesar da política portugesa para o mundo lusófono ser feita em cima do joelho, existem quadros portugueses a procurarem os nossos «países-irmãos» para viver, integrando-se nas diversas comunidades sócio-profissionais, partilhando a prosperidade resultande do encontro entre quem chega e quem recebe;

- Há muito que está «na cara» que é no quadro da cooperação institucional, via CPLP, que Portugal deve celebrar contratos-programa, protocolos, acordos - o nome é aqui secundário - a fim de se promover uma mobilidade laboral (e não só) dentro da Comunidade que se revele vantajosa para os estados, as entidades e os cidadãos envolvidos.

Pelo que julgamos saber, Macau, onde o Governador Rocha Vieira foi determinante, será porventura um dos nossos melhores exemplos da tão desejada cooperação. Haverá outros, por certo.

PS: Há muito que defendo que os Governos de Portugal devem contar com um Ministério da Lusofonia e do Mar, e que as matérias que respeitam à CPLP seriam aqui tratadas em articulação com o MNE.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

De carrinho

Foto: Expresso

Alegando dificuldades de tesouraria, bem como obrigações com o Fisco, Segurança Social e credores, a CP - Comboios de Portugal, EPE.,  veio dizer que este ano não poderia pagar os salários aos traballhadores no dia 23 de Dezembro, como de costume, adiando a liquidação dos vencimentos para até ao último dia útil do ano. 

Por seu turno, o Sindicato do Sector Ferroviário pouco se ralou com isso, dizendo não haver indícios que os salários não sejam pagos até ao fim do Mês, e o Sindicato dos Maquinistas tem um pré-aviso de greve para os dias 23,24 e 25 de Dezembro e 01 de Janeiro.

Esta caricata situação, que já se arrasta há algum tempo, ilustra bem a mentalidade de certos sindicatos e as motivações das forças que os animam: «quanto pior, melhor». Quererão «enterrar» de vez a Empresa?

Basta de brincar ao 11 de Março! O Governo só tem uma coisa a fazer: decretar a requisição civil. Já! 

PS: Ainda no sector dos transportes, o CEO da TAP, Fernando Pinto, quer um tratamento excepcional para os funcionários da Empresa, relativamente aos cortes previstos no Orçamento de Estado. Percebe-se que Fernando Pinto, hábil a gerar soluções, queira manter os trabalhadores do seu lado e preservar um bom ambiente na Companhia em vésperas de privatização. Não pode ser. Como diz o povo, «ou há moralidade ou comem todos».        

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Oxalá que resulte

Foto: Expresso

Nada há a obstar, antes pelo contrário, à realização de Conselhos de Ministros «informais», como aquele que decorreu ao longo de todo o dia de ontem, no Forte de São Julião da Barra. A fórmula, não sendo nova, bem pode justificar-se, por diversos motivos. Neste caso, alegadamente, em traços largos, o Governo reuniria para fazer o ponto de situação quanto às metas orçamentais a alcançar no ano que agora finda, que parece estarem asseguradas, quanto à preparação das reformas estruturais a lançar em 2012, bem como às privatizações, ao tão aguardado «plano de fomento» da economia, assim como, por certo, a análise da posição de Portugal no actual contexto da UE, em geral, e da Zona Euro, em particular.

Da reunião de Oeiras transpirou a ideia de determinação e rumo. Numa palavra, era suposto sair a mensagem que os portugueses não estão sozinhos e que o Executivo de Passos Coelho tem a governação monitorizada, de modo a ultrapassarmos as dificuldades de 2012 com uma luz de fundada esperança bem visível, que é como quem diz, «vai valer a pena, e o esforço será compensado».

Ora, depois do PM e alguns Ministros ultimamente terem dado entrevistas ou proferido declarações a torto e a direito, é espantoso que no final do Conselho de Ministros a opção tenha sido pelo silêncio, apenas com uma brecha para uma declaração de circunstância do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares que, basicamente, o que veio dizer foi que 2012 será um ano horribilis.

Das duas uma: ou era silêncio, o Governo não falava, e ponto final. Ou era para dar conta aos portugueses do que ali se passara, e faziam uma declaração com cabeça, tronco e membros.

Assim é que não! 

Anunciar que é para anunciar, lembra um pouco o pior dos Governos de António Guterres. 

O Governo acabou por falar e acabou por dizer nada. E sujeitou-se ainda a todo o tipo de especulações, ainda que a reunião tenha sido muito profícua. Não sabemos...

O que sabemos, pois está a tornar-se demasiado visível, é que o Primeiro-Ministro, para lá de saber que é preciso cumprir até à exaustão o Programa da Troika e agradar até ao tutano as directrizes da Senhora Merkel, dá impressão que pouco mais tem a acrescer, esgotando-se na missão planeada ainda antes de iniciar funções.

Por muito estranho que possa parecer, a verdade é que em Portugal temos um Chefe do Governo que não é um tecnocrata mas também não é um político, na acepção de «condutor de homens».

Oxalá que a fórmula resulte.

domingo, 18 de dezembro de 2011

PIB ou Produto Emocional Bruto?

Noruega é o país "mais feliz" do mundo

Num relatório divulgado esta semana, a revista Forbes lançou uma lista dos 20 países 'mais felizes' do mundo e uma outra com os 20 países 'mais tristes'. A Noruega lidera a primeira, enquanto a República de África Central se assume como líder da segunda.

Dada a subjectividade do conceito de felicidade, o estudo levado a cabo pelo Legatum Institute teve por base critérios específicos. Foram estudados dados dos últimos 40 anos de um total de 110 países que, conjuntamente, representam 93% da população mundial e 97% do PIB global. Na base da análise estiveram oito áreas consideradas fundamentais para determinar os níveis de prosperidade de um país: economia, empreendedorismo, administração governamental, educação, saúde, segurança, liberdades individuais e capital social.

Sem grandes surpresas, os resultados foram especialmente favoráveis para o norte da Europa e para os dois países no meio do Pacífico. (...)

(Fonte: SOL, 17.12.2011)

Consultar aqui a lista completa:
http://www.forbes.com/pictures/mef45ejmi/the-worlds-happiest-and-saddest-countries-2/

sábado, 17 de dezembro de 2011

Merry Christmas from Portugal




Enquanto que no website da Presidência da República é colocado um vídeo onde Cavaco Silva e a Primeira Dama dão as Boas Festas aos seus concidadãos do modo mais frouxo e enfezado de que há memória, uma tradicional marca portuguesa de licores reinventa-se. Com a simplicidade própria do bom marketing consegue ganhar notoriedade, endereçando ao casal Angela/Nicolas uma mensagem plena de significado.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ponham-se finos!


José Sócrates:"Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei". (Fonte: Jornal de Negócios Online, 07.12.2011)

Deputado Pedro Nuno Santos:“Estou marimbando-me para os bancos alemães que nos emprestaram dinheiro nas condições em que nos emprestaram. Estou marimbando-me que nos chamem irresponsáveis. Nós temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e dos franceses. Ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos a dívida” e se o fizermos “as pernas dos banqueiros alemães até tremem”. (Fonte: Jornal de Negócios Online, 15.12.2011)

Quiçá na esteira de uma interpretação literal das palavras de José Sócrates sobre a dívida, o deputado Pedro Nuno Santos, que estudou mesmo economia, teve ontem no Parlamento o seu momento alto, na sequência de um discurso em que tinha enchido o peito, Sábado passado, em Castelo de Paiva.

Não há norma na Constituição, na Lei, ou sequer no Regimento da AR, que proíba o direito à asneira. Tal como nada impede que um tribuno possa vir aclarar, reformular ou até modificar o sentido de uma declaração, explicando-se sobre aquilo que de facto queria dizer, como sucedeu, tendo o eleito acabado por emendar a «bojarda».

Por muito folclore que se faça em redor do espalhafato deste ilustre mandatário do povo português, talvez seja um «pouco excessivo» extrapolar-se daí para o plano externo, e as consequências nefastas que o calibre e os decibéis do Sr. Deputado possam causar na credibilidade do País junto dos nossos credores. 

Já no plano interno, atenta a elevação que se requeria aos líderes das bancadas parlamentares do PS e do PSD, é que sobejam motivos para um «voto de protesto».

Ver de uma banda o atordoado Carlos Zorrinho dizer que o seu colega utilizou uma linguagem "imagética muito rica, talvez excessiva" e, da outra, o solene Luís Montenegro sair-se com, "é altura de ouvir o senhor secretário-geral do PS, António José Seguro, no sentido de perceber se ele acompanha ou não a posição de um destacado deputado da sua bancada, que pertence ao núcleo duro da área económica do grupo parlamentar do PS, da direcção política do PS" é que é ridículo, para não dizer uma palhaçada.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Eis o niilismo esclarecido


O primeiro-ministro defendeu hoje que "cada  oportunidade perdida é uma pequena tragédia" de que o país nunca recupera,  e rejeitou que, em tempos de crise, a arte e a cultura devam ser subordinadas  a outras prioridades. 

Pedro Passos Coelho falava durante o discurso de inauguração do Centro de Arte Moderna Gerado Rueda, em Matosinhos. (...)

"Este não é o Portugal em que eu acredito. (...) O capital humano não é senão a capacidade de inventar um futuro novo, de multiplicar possibilidades e abrir horizontes. Cada oportunidade perdida é uma pequena tragédia de que nunca recuperaremos. Isto vale para as artes como para a economia", defendeu.

O primeiro-ministro rejeitou ainda a ideia de que "em tempos de emergência" como o atual as artes e a cultura "devem ser subordinadas a outras prioridades", defendendo que é "precisamente" em períodos como este que se deve "misturar ainda mais as nossas vidas com as artes e com a cultura".

Destacando que o Centro de Arte Moderna Gerado Rueda resulta de uma parceria entre a Câmara de Matosinhos e a Fundação Gerardo Rueda, o governante salientou que é objetivo que "a rede de ligações entre Portugal e Espanha seja tão densa quanto possível", considerando que "a riqueza cultural dos dois países não pode ser desperdiçada".

A cerimónia contou igualmente com a presença do antigo chefe do governo espanhol Jose Maria Aznar, do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, do secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, do presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto e do ex-líder social democrata Fernando Nogueira.

(Fonte: Lusa/SICNotícias online, 15.12.2011)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Cantam bem mas não alegram

Pedro Passos Coelho tem-se desdobrado em entrevistas. Nos últimos tempos, raro é o jornal, radio ou televisão que ainda não teve o Primeiro-Ministro em antena. Dantes, quando o Chefe do Governo falava, o País parava. Era importante ouvir. Agora, tornou-se banal. Vê-se quando calha. Isto dá que pensar, sobretudo quando Portugal vive um dos períodos mais periclitantes da sua História e a Europa assemelha-se a um Titanic à deriva num mar de gelo. O mesmo se diga do líder do principal partido da oposição. Eles falam, falam, falam... mas poucas atenções despertam e os ânimos esmorecem. 

domingo, 11 de dezembro de 2011

Laranjina C

PSD tem "Plano B ao PEC"

O PSD explica amanhã no Parlamento como é que cortava mais na despesa do Estado evitando as medidas fiscais do Governo.

"Há um caminho alternativo ao traçado pelo Governo", afirmou Miguel Relvas, novo porta-voz do PSD, no fim da 1ª reunião da Comissão Política do partido eleita com a liderança de Pedro Passos Coelho. Relvas anunciou "um Plano B ao PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento)" e amanhã o PSD apresenta no Parlamento propostas concretas de cortes na despesa pública e no desperdício do Estado, com que diz ser possível evitar as medidas fiscais do Governo que reduzem as deduções para a classe média.

"É possível evitar a sobrecarga sobre as famílias portuguesas", afirmou Relvas. Amanhã o PSD explica, na Assembleia da República, como é que se propõe reduzir as despesas correntes do Estado. Miguel Frasquilho será o rosto do novo PSD numa interpelação ao Governo sobre política económica e social.

A nova direcção social-democrata anunciou uma festa de comemoração do aniversário do partido, para 7 de Maio, na Trofa.

Fonte: Expresso, 20.04.2010


Revista de Imprensa - 10 de Novembro

A edição de hoje do Expresso publica uma entrevista ao ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, no qual o governante refere que «este é o primeiro governo sem plano B: acerta ou falha».

Na entrevista, Miguel Relvas diz estar «certo de que vai ser possível criar entendimentos com PS», acreditar «ter comprador para a RTP» e que o primeiro-ministro «fez da coligação um Governo de um só partido».

Sobre as alienações previstas pelo Governo, entre as quais um dos canais da RTP, Miguel Relvas afirma: «Eu acredito que o modelo de desenvolvimento que Portugal deve assumir (e não tem só a ver com as privatizações), deve ser universalista. É muito importante que empresas públicas chinesas, brasileiras e alemãs olhem para Portugal. Significa que ganhámos maturidade económica».

Fonte: Lusa/SOL, 10.12.2012

Será do Guaraná?
Ou da Laranjina C?


sábado, 10 de dezembro de 2011

Winston is back?


"The farther backward you can look, the farther forward you will see." (Winston Churchill)