sábado, 30 de junho de 2012

Cimeira


Sobre a Cimeira Europeia de Bruxelas, veio a Itália eliminar a Alemanha e disputar a Final do Euro/2012 a Espanha. Caso é para dizer que o «eixo» da Europa situa-se agora entre Roma e Madrid. Os italianos ensinaram mais a Merkel durante um jogo de futebol do que as Instituições políticas da UE tinham conseguido demonstrar à Chanceller ao longo de meses. Coincidência ou não, o certo é que a Alemanha, de fora do Euro/2012, começou a perceber melhor o que seria ficar também de fora da moeda euro e, finalmente, terá começado a ceder. Para seu próprio bem...

Auto-estima


Foi muito bonito ver a recepção que o País fez à Selecção Nacional na Quinta-feira, depois de termos sido eliminados nos penalties pela Espanha, campeã mundial, europeia, e novamente finalista do Euro.

A equipa portuguesa foi mais que digno. Foi até ao limite dos seus limites, contrariando as expectativas iniciais. Em 16, tendo começado no «Grupo da morte», Portugal viu 12 países irem para casa mais cedo e alcançou o «Grupo dos 4», juntamente com Alemanha, Itália e Espanha. Belo «Grupo», bela participação!

O engrandecimento de um país não se faz apenas com coroas de glória, e uma Pátria não é perene só com feitos históricos e sonhos. Mas também com resistência e capacidade de superar dificuldades, indo mais além na conquista do respeito dos outros.

Obrigado Portugal, pela auto-estima que a equipa deu ao País inteiro!

Motivos para sorrir


Foto: Bola
O Ministro Miguel Relvas tem motivos para sorrir no «caso» com a jornalista do Público. Regras são regras. A ERC obedeceu às normas em vigor, no uso das suas atribuições e competências. As Conclusões do Relatório da Entidade Reguladora da Comunicação Social isentam o braço-direito de Pedro Passos Coelho de quaisquer ilícitos, quedando-se por referências do foro da deontologia profissional dos jornalistas e da ética política a observar pelos titulares dos cargos.

Já aqui tínhamos dito que a não existirem ilícitos criminais, tal como não parecia que existissem, a questão era política, uma vez que não compete aos tribunais fazer avaliações de estilo, oportunidade, critério ou mérito. Essas, isso sim, estão nas «alçadas» dos órgãos de soberania competentes e também, afinal, da opinião pública.

Ora, criou-se a ideia que quem era pela ERC estava do lado do Governo ou, melhor, que quem se insurgiu contra a existência da ERC estava contra Miguel Relvas. Existirão casos, mas o raciocínio está ao virado ao contrário.

A ERC não serve para (quase) nada. Prova disso é que, a haver crime, a matéria deveria ter sido imediatamente comunicada ao Ministério Público. A haver quebra da deontologia dos jornalistas, ao respectivo sindicato ou ordem profissional. A haver considerações, reparos, censura, ou prejuízos de natureza política, então, direitos à Assembleia da República, ao Governo, ao Primeiro-Ministro e aos media, como foi.

Para quê sujeitar um Ministro a ir a uma Entidade Reguladora e ficar a aguardar pelas «perorações» de um Relatório que dá «três no cravo e dois na ferradura»?

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Meias-finais do euro?


O dia em que Portugal joga com Espanha a passagem à final do Euro 2012 de futebol acontece na véspera da Cimeira que também será uma «meia-final» para a moeda única, agendada para os dias 28 e 29 em Bruxelas.

Se no Euro da Polónia e da Ucrânia as Selecções da Alemanha, Espanha, Itália e Portugal sabem o que querem, para Bruxelas as posições que estão a desenhar-se assemelham-se mais a uma Torre de Babel, com vários «Platinis» aos comandos.

«É preciso reforçar a União e conceder mais poder a entidades centrais europeias», ouve-se repetidamente.

Todavia, escapa ao nosso entendimento como será possível tal reforço, quando, por exemplo, vemos os mais altos responsáveis europeus a «disparar» em direcções contrárias, quando não opostas.

Como explicar as declarações de Angela Merkel, sobre a criação dos «eurobonds»?
Ver aqui:

Como explicar o «plano» de Durão Barroso, Herman Van Rompuy, Mario Draghi e Jean Claude Junker, e descobrir aqui alguma similitude com o que vai na cabeça da Chanceller Alemã?
Ver aqui:

Como explicar o que terá querido dizer António Borges desta vez?
Ver aqui:

Não será por acaso que as expectativas para a Cimeira são baixas, temendo-se que o euro não só caia num impasse, como venha suscitar ainda divergências profundas do ponto de vista político, sobre qual o melhor caminho para a «(des)construção europeia».

A incógnita sobre o euro é muito grande. Tão grande que neste momento fazem-se apostas.
Tal qual como se aposta sobre o país vencedor do Euro 2012. Com uma diferença: muitos biliões.

Quem vence este «campeonato»? Não se sabe.
O que se sabe é que o dólar americano está a ganhar terreno.
Ver aqui:

sexta-feira, 22 de junho de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Who stands up to support Mr. Barroso?

foto: ukipmeps.org
As declarações de Durão Barroso na Cimeira do G-20 geraram polémica e visível incómodo entre alguns dos presentes, parte dos media e certos sectores políticos.

Nesta entrevista à «Fox Business», o truculento Nigel Farage, líder do UK Independence Party, que também é deputado ao Parlamento Europeu, conhecido pelas suas intervenções eurocépticas, desfere um ataque muito violento ao Presidente da Comissão Europeia, como pode ver-se aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=v8ZesB4s4ck

Depois disto, é de esperar que os eurodeputados portugueses das forças partidárias que integram o Grupo do Partido Popular Europeu, com Paulo Rangel à cabeça, bem como os líderes das bancadas parlamentares dos partidos que suportam o Governo na Assembleia da República, com Luís Montenegro na linha da frente, se levantem para sair em defesa de José Manuel Durão Barroso.

No mínimo...

terça-feira, 12 de junho de 2012

Rectificação

Ontem  fizemos referência ao discurso de Cavaco Silva nas cerimónias do 10 de Junho, mas por lapso remetemos para a intervenção do PR proferida o ano passado, em Castelo Branco. 

Como é sabido, as cerimónias deste ano tiveram lugar em Lisboa, com Santos Populares e tudo. 
Aqui fica o link para o discurso do PR:
Pedimos desculpa pelo erro, que assumimos. Fica feita a rectificação.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O que é nacional é bom

Gesto bonito e pleno de significado, a presença de José Mourinho ontem, em Lviv, na Ucrânia, para apoiar a Selecção Nacional no jogo frente à Alemanha.


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Aqui, Portugal

Por causa da agitação política que se viveu na Ilha de São Miguel a 06 de Junho de 1975, a data foi posteriormente adoptada pelos poucos independentistas e mais alguns autonomistas, estes últimos baptizados «cristãos-novos» em 1976, para, uma vez por outra, sobretudo em alturas de «vacas magras», serem levantadas as bandeiras da deriva aventureira da FLA e da quebra da unidade do Estado Português.

Se não pode haver «delito de opinião» na sociedade livre e democrática que a República enforma, então, igual princípio há-de estar à mão dos açorianos das 9 ilhas, sem excepção, para dizerem aquilo que lhes vai na alma, tanto sobre a autonomia constitucional, como a propósito da invectiva independentista com que uns «senhores feudais» da Ilha de São Miguel chegam a sonhar em noites de nevoeiro.

Vamos lá a ver se nos entendemos:

Que os fins para os quais a Autonomia Regional foi consagrada na Constituição de 76 já foram quase todos alcançados, e o sistema autonómico para além de estar «esgotado» acabou por perverter-se e enquistar, necessitando agora de uma ampla reflexão, prévia à revisão do modelo, fundamental para que as pedras basilares do sistema façam sentido, de tudo isso, não temos dúvida! Sem vitalidade económica não há autonomia política que possa subsistir de futuro.

Agora, se a «solução» passa por «requentar» o 06 de Junho de 1975 em 2012, como aventam meia dúzia de «legítimos», cujas posições, mais que aos próprios, acabam por aproveitar, hoje como no passado, aos «parasitas do subsídio» e a «capatazes da República dos Ananases», preparem-se para outras «rupturas». 
Não estranhem que as ilhas do Grupo Ocidental (Flores e Corvo), por exemplo, não queiram estar nesse «barco». 
Podem assim, Senhores, preparar-se para retirar 2 das 9 estrelas da bandeira, por cima ou por baixo do açor, como queiram.

Como também podem começar a falar em nome desta ou daquela ilha, pois a expressão «Região Autónoma dos Açores» é um conceito político com apenas três décadas, as últimas, em cinco séculos de povoamento, pelo que é mais fácil desfazer a RAA que deitar abaixo um castelo de cartas. 

Basta um sopro: «Aqui, Portugal».

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Em exibição

Globos de Ouro, Verão 2012
Melhor Longa-Metragem
Título traduzido para português: «Cuidado com os rapazes»

sábado, 2 de junho de 2012

Cães são vocês

Em Outubro próximo realizam-se eleições legislativas regionais nos Açores.

A autonomia regional teve dois grandes ciclos: o primeiro, entre 1976 e 1996, com o PSD/A de Mota Amaral, que conquistou quatro maiorias absolutas sucessivas. Foram 20 anos. Depois veio o segundo ciclo, entre 1996 e 2012, com o PS/A de Carlos César, que alcançou uma maioria relativa no parlamento regional em 1996, seguida de três maiorias absolutas consecutivas, em 2000, 2004 e 2008. Completam-se 16 anos este Outono.

Este ano, Carlos César não é mais candidato, por imposição legal e vontade própria. Tal como Mota Amaral não fora em 96, por vontade própria e desgaste político.

Com excepções aqui e ali, tanto um como outro dos dois maiores partidos estão hoje em dia bastante pior do que estavam quando obtiveram as suas primeiras vitórias. É residual a faixa da população «convicta» desta ou daquela força partidária. A esmagadora maioria da população vai às urnas, não para depositar confiança em políticos de desconfiar, mas para manter «benesses» ou «castigar» quem «deixa de dar» o tanto que prometeu, isto, também, numa «lógica» «balcanizada», pois cada uma das nove ilhas é «um mundo à parte», e corresponde a um círculo eleitoral.

Ao contrário de outros anos, em que «a dúvida» era saber se o partido no poder tornaria a ganhar por maioria absoluta, desta vez o povo está «demasiado calado». Porém, o que vai sendo dito «em segredo» é que  «não se sabe quem vai ganhar», ou até que «a coisa pode virar». Lembra um pouco aqueles dias em que faz bom tempo no arquipélago e os mais antigos, pelos sinais das nuvens e a cor do mar, logo advertem «vem aí mau tempo».

Ora, a cerca de quatro meses das eleições, só o facto de pairar «a dúvida» na Região anima o PSD/A e enerva o PS/A. E quanto mais este pressente o fôlego do outro mais «dá para a asneira».

O «normal» é o partido instalado no governo «controlar a máquina pública regional», assegurando «os caciques» e o maior número de votos. Tem sido esta a regra. Mas chega uma altura em que «os cães mordem a mão do dono». Como quem diz, «cães são vocês», que «somos nós que vos damos de comer».

Está, pois, tudo em aberto, numa peleja que se prevê triste. 
Volvidos 36 anos, a Autonomia tornou-se um «prato de lentilhas».
É mais um «processo pendente», para a IV República tratar.