É
bom que a solução encontrada para a administração do BES, que parece positiva,
seja capaz de dar bom governo ao Banco e suster rapidamente a nuvem de
desconfiança que se abateu sobre a instituição? É.
É
bom que o BES entre num novo ciclo, que parece afigurar-se saudável, e seja um
parceiro sólido da economia portuguesa? É.
Parece
que o Governo, mais ou menos discretamente, com o concurso dos accionistas, a
bênção de Belém e o patrocínio do Banco de Portugal, conseguiu engendrar um
quadro tipo «socialismo de mercado», passando o BES para a batuta da sua esfera
de influência? Parece.
Parece
que o Primeiro-Ministro, ao ter salientado o perfil tecnocrata da troika que
vai para o BES, sentiu necessidade de neutralizar a ligação política de Vítor
Bento, Paulo Mota Pinto e João Moreira Rato a ramos da família política que
lidera? Parece.
Parece
que o PSD não é do BES mas o BES é do PSD? Parece.