sábado, 10 de setembro de 2011

Inadvertidamente


Primeiro, foi o Primeiro-Ministro, em Castelo de Vide, na Universidade de Verão da JSD. Depois, foi o Ministro dos Negócios Estrangeiros, na Madeira, nas Jornadas Parlamentares do CDS/PP. Vieram ambos, no mesmo sentido, "apelar à calma" dos portugueses nas manifestações e protestos que se avizinham. Pedro Passos Coelho chegou mesmo a falar em "tumultos".

Declarações inadvertidas. Um erro crasso. Sobre esta matéria, governantes experimentados não falam. Preparam planos de contingência, com a reserva que o assunto exige e, sendo caso disso, actuam em conformidade.   

Agora, para compôr o ramalhete, só faltava mesmo Francisco Van Zeller, ex-Presidente da CIP, vir à Antena1, ao que parece pensando vir desanuviar um certo clima de tensão latente, "exortando" os portugueses a virem a rua gritar, se possível sob controlo e ordem das Centrais Sindicais.

As declarações do antigo patrão dos patrões, mais que anedóticas, foram timoratas. Fazem lembrar alguém que quando finalmente percebe que a revolta é contra ele, junta-se aos manifestantes e encabeça a própria manifestação. 

Por aqui também se ilustra como não basta integrar a galeria dos "venerandos senadores" para ser dotado do tal "sentido de Estado", que tanta falta faz, como bem se vê.