Corre nos media que o Presidente da República terá condicionado a «proposta»
que Pedro Passos Coelho levou esta tarde a Belém à continuidade de Paulo Portas
no Governo. Entretanto, figuras ligadas ao CDS/PP e a Portas já vieram à
televisão «estender a almofada», para que Paulo Portas volte com a sua
palavra atrás.
Se assim for, Paulo Portas não só
não adianta à Coligação, como não regenera o Governo, como não se redime a si
próprio. Pior. Demonstra que não tem «espinha», definitivamente. O que era
verdade na carta de ontem é amanhã mentira? Ou Portas é homem de palavra, ou
não é. Não há aqui nem «mas», nem «meio mas». Ou sim, ou sopas!
Uma cambalhota de Portas
resolveria apenas três coisas: Aliviava um tanto o peso que recai agora sobre o
PR, garantiria por mais algum tempo uns pratos de lentilhas para as clientelas
centristas… e no dia de uma eventual candidatura presidencial lá teria o
séquito a prestar-lhe tributo.
Ora, tudo isto somado é uma
milésima parte do carácter de um homem.
O melhor que Paulo Portas podia
fazer nesta altura era sair mesmo.
Do Governo e da liderança do CDS/PP.