Desde há 33 anos que todos os 04 de Dezembro se evoca a memória de Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e dos demais ocupantes cuja vida foi ceifada em Camarate.
A propósito e a despropósito, já quase tudo foi dito sobre o fundador do PPD.
Desde há alguns anos que uma questão insiste em interpelar-nos:
Será que Sá Carneiro sufragaria o estado a que o «seu PPD» chegou?
Será que o ex-Primeiro-Ministro seria complacente com a governação actual?
Que será que o cidadão e político teria para dizer aos portugueses e ao mundo sobre Portugal?
Francisco Sá Carneiro deixou um fio de pensamento cujas teses estão suficientemente documentadas e podem indicar-nos um caminho, apesar do tempo entretanto decorrido.
Temos para nós que hoje, das duas uma:
Sá Carneiro, ou há muito que tinha abandonado a política activa, ou há muito que tinha rompido com o PSD, o actual sistema de Governo e um País de cócoras perante entidades externas.
Nem que isso lhe custasse ficar isolado ou votado ao degredo da III República, arriscamos dizer, sem meias-tintas.