Para lá dos resultados emanados da Cimeira da NATO, para lá das referências expressas por muitos à impecabilidade com Portugal soube organizar e acolher um encontro desta envergadura, o que muito nos prestigia e dignifica, haverá outra nota que vem a propósito:
É que os portugueses, talvez como nenhum outro povo no concerto das Nações, têm uma propensão natural para o diálogo, a mediação, a concórdia... numa palavra, para o universalismo. Somos cimeiros quando se trata de conciliar, pois a massa de que somos feitos presta-se a às mais variadas pontes diplomáticas, geopolíticas e civilizacionais.
Tem-se falado muito na nossa falta de desígnios estatégicos. Pois bem; um dos desígnios vai ter de passar por aqui. Quem sabe se não seremos o País com maior potencial para, no contexto da Organização das Nações Unidas, promover a tão reclamada reforma institucional da ONU, desajustada e distante que hoje está da realidade pós-II Guerra Mundial, quando foi criada?