foto: Expresso - Sérgio Azenha/Lusa
"Não falta emprego na agricultura, mas gente para trabalhar"
Assunção Cristas defendeu que é preciso desmistificar a vida no sector agrícola, passando a mensagem de que é possível ganhar dinheiro.
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Fonte: Expresso, Sexta-feira, 13 de abril de 2012
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Diz o ditado popular que «gato escaldado, de água fria tem medo».
Neste caso, esperamos não ter desilusões.
O facto é que Assunção Cristas tem sabido assumir um papel que supera reticentes expectativas iniciais.
A Ministra da «mega-pasta» da Agricultura tem revelado qualidades fundamentais para quem é governante:
- Visão global das linhas orientadoras do seu Ministério, enquadradas no Programa do Governo;
- Sentido de oportunidade;
- Proximidade e conhecimento do «terreno», relativamente aos sectores que tutela;
- Desenvoltura na coadunação entre o suporte técnico e as propostas políticas apresentadas;
- Facilidade em comunicar, de modo convicto e sem se fechar nas redundâncias do velho «politiquês».
A declaração acima transcrita «estava na cara», poderá dizer-se.
Pois é...
Mas até agora, fosse por preconceito ou por alinhamento bacoco numa certa mentalidade politicamente correcta, segundo a qual, voltar à terra era sinal de retrocesso, atraso e até paradigmas de outro regime, o certo é que não nos recordamos de alguma vez algum Ministro o ter dito de modo tão linear.
Há muito que defendemos essa ideia-chave, também aqui.
Portugal inteiro, de norte a aul, do litoral ao interior, e do continente às regiões autónomas sabe bem que o que Assunção Cristas veio dizer corresponde à verdade. Literalmente.
A tão propalada «defesa da soberania» passa, em primeiro grau, pela auto-suficiência agro-pecuária.
Chegados a um ponto de carência extrema o País percebe melhor aquilo que é básico.
Que o falhanço das PAC´s sirva de lição.
Agora, mãos à obra. Mais trabalho e menos conversa.