terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Tempo de desempatar


No SCP está tudo empatado.
A liderança do Campeonato está empatada.
A Selecção Nacional de Futebol anda empatada. 
O PS anda num dos maiores empates da sua história.
O PSD anda em apuros para desempatar candidatos.
O Orçamento do Estado/2013 está empatado.
A anunciada Reforma do Estado está empatada.
A privatização da ANA e da RTP estão empatadas.
O TGV, seja lá em que bitola fôr, está empatado.
O Acordo Ortográfico está empatado.
Espanha e o Governo de Rajoy também andam empatados.
Em França, o Presidente Hollande não desempata.
Em Itália, idem aspas.
No Reino Unido, o anúncio do Referendo ainda empata mais.
Na UE, a repartição dos Fundos Comunitários está empatada.
Nos EUA, a relação entre o Presidente Obama e o Congresso está empatada.
Em Roma, a resignação de Bento XVI deixa o rumo da Igreja Católica empatado.
 
Enfim... a lista é interminável.
Para as pessoas e comunidades, pior que a crise, são as tormentas provocadas pela incerteza.
 
Na viragem do Século, a globalização provocou a maior aceleração da História e o desmembramento das estruturas tradicionais das sociedades.
 
A falência das ideologias deu lugar à voragem do neoliberalismo.
De então para cá, diz-se, falta encontrar «um novo paradigma».
 
Daqui em diante o tempo não mais poderá ser de dúvida e incerteza, mas de segurança e ordem.  
Daqui em diante, bem ou mal, as pessoas irão atrás de quem mais garantias tiver para dar.
 
Como fazer isso sem tocar nas Liberdades?
É a resposta a esta questão que vai desempatar.