Quando confrontados com a morte de um ser humano, qualquer que seja, ainda que o pior dos nossos inimigos, tal notícia deveria merecer sempre o nosso respeito e discrição.
Não compreendo como é que na dita «civilização ocidental» possamos assistir a manifestações de gáudio ou júbilo pela morte de um Chefe de Estado, mesmo que se trate de um ditador ou tirano da pior espécie.
Assistimos recentemente a cenas lamentáveis, por exemplo, nos casos de Saddam Hussein e Muamar Kadafi. Muito sangue foi derramado à conta dessas euforias bárrbaras que atiçam vis fanatismos e torpes crueldades.
Da mesma forma que o dito «Estado Democrático de Direito», de «democrático» e de «direito» está longe de o ser, os «valores civilizacionais», para «valores»,falta-lhes muito.
Não podemos apertar a mão a alguém num dia e maldizê-lo no outro, quando morto.
Paz à alma de Hugo Chavez.
Que a Venezuela saiba ultrapassar este luto com serenidade.
P.S.
A este propósito, enquanto escrevemos estas linhas, vemos a declaração de Dilma Rousseff.
Muito bem.