Havia um lavrador modesto que ia ordenhar as vacas a pé. Tinha que caminhar muito e atravessar uma ribeira todos os dias. Na volta, carregava as bilhas às costas, desde o terreno onde pastavam os animais até à cooperativa. O que ganhava era pouco. Lá ia andando.
Um belo dia, ao passar a ribeira, pensou “vou mas é acrescentar água no leite. O que ganho com aquela pinga a mais dá-me para comprar um burro. Depois, com o burro, posso acartar mais leite e tornar a acrescentar mais uma pisca de água. A seguir, talvez dê para comprar um cavalo. Ganho mais, canso-me menos e sempre vou a cavalo. Ninguém dá por isso... e a água também não faz mal a ninguém”.
E assim fez.
Durante um certo tempo, quando regressava da ordenha, ao passar na ribeira, parava ali. E toca de misturar água no leite. Ninguém desconfiou. Como passou a entregar mais leite na cooperativa, no fim desse ano já teve lucro. Pegou no dinheiro e foi comprar um burro. Com o burro, mais bilhas podia acartar e mais água ia pondo no leite. Ao fim de uns anos, o homem já tinha um cavalo.
Então, numa manhã, viu que a ribeira estava grande, de tal modo que o cavalo estacou ali, receoso. Não queria. Mas com umas vergastadas lá se meteu. Ora, quando ia a meio, a força da corrente era tal que levou cavalo, bilhas e tudo!
O pobre do lavrador, que ficou sem nada, disse então consigo, “água o deu, água o levou!”.
Moral da história:
Vem daí a expressão “água deu, água levou!”, quando vemos uma coisa aldrabada desfazer-se. Nem sonhava que estava a aprender o que são “activos tóxicos”! Ainda nenhum economista ou gestor soube explicar-me isso tão bem como o meu Avô. Bem me parecia que os Bancos andavam a misturar água no leite.
Um belo dia, ao passar a ribeira, pensou “vou mas é acrescentar água no leite. O que ganho com aquela pinga a mais dá-me para comprar um burro. Depois, com o burro, posso acartar mais leite e tornar a acrescentar mais uma pisca de água. A seguir, talvez dê para comprar um cavalo. Ganho mais, canso-me menos e sempre vou a cavalo. Ninguém dá por isso... e a água também não faz mal a ninguém”.
E assim fez.
Durante um certo tempo, quando regressava da ordenha, ao passar na ribeira, parava ali. E toca de misturar água no leite. Ninguém desconfiou. Como passou a entregar mais leite na cooperativa, no fim desse ano já teve lucro. Pegou no dinheiro e foi comprar um burro. Com o burro, mais bilhas podia acartar e mais água ia pondo no leite. Ao fim de uns anos, o homem já tinha um cavalo.
Então, numa manhã, viu que a ribeira estava grande, de tal modo que o cavalo estacou ali, receoso. Não queria. Mas com umas vergastadas lá se meteu. Ora, quando ia a meio, a força da corrente era tal que levou cavalo, bilhas e tudo!
O pobre do lavrador, que ficou sem nada, disse então consigo, “água o deu, água o levou!”.
Moral da história:
Vem daí a expressão “água deu, água levou!”, quando vemos uma coisa aldrabada desfazer-se. Nem sonhava que estava a aprender o que são “activos tóxicos”! Ainda nenhum economista ou gestor soube explicar-me isso tão bem como o meu Avô. Bem me parecia que os Bancos andavam a misturar água no leite.