O debate a que assistimos na SIC/N, em directo, entre os 3 candidatos a Bastonário foi oco e fraquinho. A começar pelo moderador, Carlos Andrade, que não revelou grande jeito para a função. Por que não foram buscar Sofia Pinto Coelho, por exemplo?
Quanto aos contendores:
- Luís Filipe Carvalho, o mais novo e bom comunicador, esteve demasiado agarrado ao mandato de Rogério Alves, como que a necessitar de apadrinhamento. Ficou aquém do potencial que parece ter;
- Fragoso Marques, supostamente o rosto da "evolução tranquila", redondo, redondo, redondo. Não se percebe bem o que quer, mas percebe-se que será uma figura benquista a alguns "barões", muito afoitos a salamaleques, tiradas vãs e sinecuras, para quem a Ordem há-de ser, sobretudo, uma espécie de "Palácio de Belém no 10 de Junho, com medalhas e honrarias para todos;
- António Marinho Pinto, igual a si próprio, no contra-ataque, na linha de um discurso cuja voz advogados, demais operadores judiciários e opinião pública já se habituaram.
O Estado definha e os cidadãos estão demissionários do exercício dos poderes/deveres que têm. A Ordem dos Advogados parece seguir-lhes o exemplo. Faltam figuras que imponham "autoridade natural", e que consigam transparecer que estão ali descomprometidas e livres. A pulverização dos poderes de cada vez maiores pequenos poderes de facto está a dar cabo de Portugal.
1 comentário:
País de juristas, de lentes de Coimbra, de políticos da Rua dos Fanqueiros... em vez de país de poetas! E viva Vitorino Nemésio que até é nome de via rápida na ilha Terceira... Sem esquecer a muda da vaca!
P.S.: O problema dos políticos portugueses é que não entendem o problema da muda da vaca na via rápida Vitorino Nemésio... Para bom entendedor esta metáfora basta!
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