domingo, 29 de maio de 2011

Resiliências


Nestes tempos de enorme adversidade «resiliência» é a poção obrigatória. Por motivos de "saúde pública", tornou-se no remédio mais receitado no País: Estado, famílias, empresas e indivíduos têm de tomar duas colheres de sopa de «resiliência» por dia, de modo a que a Portugal se livre "da peste, da fome e da guerra" e a Nação se mantenha de pé.

A poucos dias das eleições, entre os políticos, há pelo menos dois exemplos de grande resiliência. Figuras que parecem saídas de um filme de boxe. Batem e levam, forte e feio. Tirá-los do ringue é "o tiras". Por um lado, José Sócrates. Aguenta muita pancada. Consegue cansar os adversários, que perdem as forças de tanto esmurrá-lo, sem que ele sucumba de vez no tapete. Por outro, Garcia Pereira. Dá muita pancada. Consegue ser aquele que mais tempo persiste a bater, sem que um contra-golpe deite a sua ofensivas ao chão.

O candidato do PCTP/MRPP conseguiu que a sua providência cautelar fosse decretada. O Tribunal obrigou as televisões generalistas a realizar debates a dois, entre Garcia Pereira e as restantes forças políticas que se apresentam a sufrágio, até às 24.00 horas do próximo dia 03 de Junho, sob pena de multa. Percebe-se que o famoso advogado quisesse "apanhar" José Sócrates. Logrando derrotá-lo, talvez assegurasse a eleição do deputado, há tanto tentada.

Espantoso, é que Pedro Passos Coelho loga tenha vindo dizer que, com Garcia Pereira, jamé.

Estamos conversados?