Foto: Sol
Falava há dias com um amigo que integrou o «núcleo duro» de Passos Coelho na disputa partidária e agora é um defensor convicto do Primeiro-Ministro.
Sabendo-me noutro registo perguntava-me que «nota» atribuia ao PM ao fim destes 6 meses.
Numa escala de 1 a 5? Sim. Quatro, respondi.
Sabendo-me noutro registo perguntava-me que «nota» atribuia ao PM ao fim destes 6 meses.
Numa escala de 1 a 5? Sim. Quatro, respondi.
Primeiro, teve a frescura da legitimidade eleitoral e fez coligação depressa e bem.
Segundo, o «caderno de encargos» já fora acertado com a Troika, assumindo esta Legislatura um carácter excepcional por razões de todos conhecidas.
Terceiro, durante largos meses o PS praticamente não existiu e a «rua» foi serena.
Quarto, porque tanto a comunicação social como a opinião pública «pegaram» bem em Passos Coelho, cuja imagem que passa é de alguém que afinal está a sair-se melhor do que se esperava, baixas que eram as expectativas, por um lado, e de alguém que tem chegado aos portugueses num estilo igual a si próprio, de cidadão comum, por outro.
E logo acrescentei:
Atenção. É possível que o PM não consiga manter esta performance em 2012.
Nas últimas semanas notou-se que derrapou, sobretudo por ter falado demais.
O maior desafio de todos é mudar o «disco» da austeridade e do déficit.
As pessoas até aqui compreenderam que o País tinha de ir «ao limite». Mas a partir de agora muito dificilmente vão aceitar manter a «corda esticada», sem que do lado dos resultados, (da esperança, do crescimento, da justiça social, das reformas sobre o Estado e medidas sobre os mais poderosos, etc.) vejam que existe uma rota bem definida. Algo que faça sentir a todos que vamos sair mesmo da «fase crítica».
Moral da história:
É bem mais fácil relatar uma conversa informal num post que escrever a Mensagem de Natal do Primeiro-Ministro.
Vimos Passos Coelho fazer a sua comunicação.
Da primeira vez, demos conta de que trazia uma gravata verde e não conseguimos reter as palavras ou uma ideia-chave... demasiado barulho na sala, pensámos.
Tornámos a ver noutro canal, desta vez sem qualquer ruído... igual.
Por via das dúvidas, fomos ler num jornal online... o mesmo. Com uma agravante - o discurso, para além de vago, enreda-se em de tal maneira que, daquilo que percebemos sobrou a preocupação de aflorar a palavra «Esperança», mesmo a condizer com a cor da gravata.
Era bom que o PM conseguisse descansar um pouco estes dias até ao Ano Novo.
Depois da Mensagem de Natal já parte para 2012 um nível abaixo.
E no Feriado, 1º Janeiro, fala o Senhor Presidente da República.
É bem mais fácil relatar uma conversa informal num post que escrever a Mensagem de Natal do Primeiro-Ministro.
Vimos Passos Coelho fazer a sua comunicação.
Da primeira vez, demos conta de que trazia uma gravata verde e não conseguimos reter as palavras ou uma ideia-chave... demasiado barulho na sala, pensámos.
Tornámos a ver noutro canal, desta vez sem qualquer ruído... igual.
Por via das dúvidas, fomos ler num jornal online... o mesmo. Com uma agravante - o discurso, para além de vago, enreda-se em de tal maneira que, daquilo que percebemos sobrou a preocupação de aflorar a palavra «Esperança», mesmo a condizer com a cor da gravata.
Era bom que o PM conseguisse descansar um pouco estes dias até ao Ano Novo.
Depois da Mensagem de Natal já parte para 2012 um nível abaixo.
E no Feriado, 1º Janeiro, fala o Senhor Presidente da República.