Está a causar alarido o caso da família portuguesa, de apelido Sebastião, que emigrou para o Canadá em 2001, foi detectada em situação ilegal naquele País em 2007, e agora, com a prole mais numerosa, tem as malas aviadas de regresso à Ilha São Miguel, por ordem de deportação da parte do Canadian Border Services Agency.
Esgotadas que estão as vias legais para impedir que esta família seja efectivamente deportada (tudo indica que sim), o Governo Português recorreu à diplomacia. Até escreveu duas cartas, "em cima do joelho", às autoridades de Ottawa, pedindo «um acto de clemência». O gesto é bonito...
Agora pergunta-se:
Quantos milhares de portugueses vivem no Canadá?
A comunidade lusa emigrada no Canadá é «perseguida», ou antes respeitada?
As autoridades canadianas deportam cidadãos portugueses a torto e a direito, só porque lhes apetece, ou existe uma lei de imigração naquele País que é para ser cumprida?
A família Sebastião cumpriu a lei canadiana ou não?
As autoridades portuguesas, designadamente o Consulado-Geral em Toronto, área de residência da Família Sebastião, não pôde fazer nada desde 2007 até agora?
... Esta história está mal contada!
PS: É claro que do ponto de vista humano, olhando para o caso em concreto, ninguém fica insensível, sobretudo pelas crianças que não têm culpa nenhuma das irresponsabilidades dos adultos.
Quanto à maior preocupação da Família Sebastião, o facto de não terem nada na Ilha de São Miguel, o "Querido Líder" do povo insular já teve um gesto. O Governo Regional tem uma casinha pronta para acolher os Sebastião, que ainda terão direito a recepção oficial no Aeroporto, pela certa.