Se os partidos tivessem a noção de que são organizações instrumentais ao serviço de um ideário político, e que existem para servir o Estado de Direito Democrático;
Se os deputados tivessem a consciência que falta aos partidos, e soubessem que são membros de um órgão de soberania;
Se os eleitores quisessem saber dos seus mandatários para alguma coisa, e não achassem que os eleitos apenas o são formalmente, porquanto «os chefes das tribos», de facto, é que os escolhem;
Se a nossa vida democrática não estivesse «de pantanas»;
Das duas uma: ou bem que o líder do Grupo Parlamentar do PSD já tinha «arrasado» o Expresso, em especial Ricardo Costa, sobretudo depois deste ter dito o que disse no Jornal das 10 da SIC/N de ontem, ou bem que a esta hora Luís Montenegro já se tinha demitido.
Por ser maçon? Não.
Por ter cometido dois «perjúrios»: um, para com a própria Assembleia da República, quando deu uma conferência de imprensa onde não assumiu pertencer à loja Mozart. O outro, para com a própria maçonaria, quando, na mesma conferência de imprensa, acabou por enjeitar tal condição de modo tão desajeitado.