sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A FLAD e o «hub dos Açores»



Com o anúncio da redução da presença militar americana na Base das Lajes (Ilha Terceira, Açores), que passará de «Air Base Wing» para «Air Base Group» em 2014 - para além da questão da revisão do Acordo Luso-Americano - está a causar preocupação entre as autoridades portuguesas, sobretudo pelo forte impacto que a medida causará na economia da Ilha Terceira, que em grande parte, directa ou inderectamente, gira à volta da Base, a começar pelas centenas de trabalhadores portugueses que ali trabalham.
 
Tanto da parte do Governo da República, através do Ministro dos Negócios Estrangeiros, como por banda do Governo Regional dos Açores, na pessoa do Presidente Vasco Cordeiro, parece que todos os esforços estão a ser desenvolvidos concertadamente a fim dos interesses portugueses serem salvaguardados neste «downgrade», encontrando-se ainda soluções que permitam colmatar a redução da «colónia americana» na Ilha.  
 
Ora, sendo o Arquipélago dos Açores, histórica e politicamente, o elo mais forte das relações entre Portugal e os EUA, achamos que, de entre as medidas a adoptar, há uma, que nunca vimos ser falada, e que se nos afigura totalmente pertinente:
 
A FLAD - Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento - http://www.flad.pt/, que deve a sua criação a fundos obtidos ao abrigo das contrapartidas americanas pela utilização das Lajes, deveria transferir a sua sede para a Ilha Terceira e aí, no meio do Atlântico, passar a exercer a sua missão.
 
Numa altura em que tanto se fala da importância dos «hubs» da TAP e da ANA em Lisboa, era bom que a expressão fosse alargada a outras matérias que não as estritamente aeroportuárias e também se falasse do «hub dos Açores», relativamente à mais-valia que as ilhas representam para Portugal no contexto das relações transatlânticas em diversos domínios, alguns deles completamente novos e com múltiplas potencialidades.