Enquanto decorria a reunião do Eurogrupo, Portugal assistia a uma das maiores mini-séries de contra-informação de que há memória, pela boca dos próprios membros do Governo, quanto à possibilidade de Portugal beneficiar das novas regras adoptadas para a
Grécia.
Após aos costumes ter dito nada, o vento virou e o Executivo entrou em roda livre.
Passos e Gaspar disseram tudo e o seu contrário.
Se o Ministro das Finanças balbuciava, logo o Primeiro-Ministro negava. Se o PM contemporizava, logo o seu «nº 2» desdizia... até que na 4ªfeira o Presidente da República resolveu falar.
Se o Ministro das Finanças balbuciava, logo o Primeiro-Ministro negava. Se o PM contemporizava, logo o seu «nº 2» desdizia... até que na 4ªfeira o Presidente da República resolveu falar.
Ontem, com a especulação em crescendo, Miguel Macedo (será agora o MAI que faz a coordenação política do Governo?) veio dizer que esta 6ª feira, dia de debate quinzenal, o Executivo ia acertar o passo e dizer, de uma vez por todas, qual a sua posição sobre o assunto.
Eis senão quando o «nº 3», Paulo Portas, certamente sem ter ouvido as declarações de Macedo, antecipa voluntariosamente uma posição de concordância com Cavaco Silva.
Para não lhe ficar atrás, o próprio PM, in extremis, ao fim da noite, é forçado a antecipar aquilo que tinha guardado para dizer no Parlamento.
E assim o debate, em vez de ir ao cerne da questão, menos juros mais tempo dpara pagamento do empréstimo, vai descambar num rosário de intervenções e acusações, sobre quem falou primeiro.
Do que o País menos precisa é do Governo andar de rasto e pensar por arrasto, com uns «dribles» à mistura, ainda por cima!