O massacre perpetrado por Andy Lanza, que fez 27 vítimas mortais, incluindo 20 crianças, num jardim de infância de Sandy Hook, no Connecticut, deixou os EUA e o Mundo em estado de choque.
Vimos o Presidente Obama fazer uma declaração sentida, onde desafiou todos, independentemente das convicções políticas, para a imperiosa necessidade de «algo ter de ser feito».
Está, assim, (re)aberto, talvez como nunca, o debate sobre uma Lei Federal das Armas, para além da questão levar mais longe, conduzindo os americanos para questionarem que tipo de sociedade estão a construir.
Em Portugal, é notícia os alegados 5 casos de pedofilia na Diocese de Lisboa, que Catalina Pestana diz há muito saber, e que, tendo alertado as superiores hierarquias da Igreja, estas nada fizeram, pelo que agora está disposta a revelar o que sabe ao Ministério Público.
A pergunta que não pode deixar de ser feita é esta:
Se Catalina Pestana conhece tais casos há anos, por que razão não informou logo a Procuradoria-Geral da República?
Não se compreende.
Como é que alguém sabe de um crime e não o comunica às entidades judiciais competentes?
Qual a razão para alguém levar anos até revelar estar disponível para colaborar com a Justiça?
Não estamos a julgar o procedimento de Catalina Pestana. Terá tido as suas razões.
Limitamo-nos a constatar factos, agora vindos a lume, na comunicação social.
Limitamo-nos a usar a lógica.
Apesar de não haver lógica alguma nos horrores por que passam as vítimas, família e as respectivas comunidades, tanto nos EUA, com mais um tiroteio que terminou em matança, como em Portugal, com mais um escândalo que não se sabe como vai terminar.