Entre outras, se há coisa em que
o Brasil leva vantagem sobre Portugal é na esperança.
Em terras de Vera Cruz, os nossos
irmãos lusófonos aguardam por Domingo, cheios de entusiasmo e expectativa.
Acorrerão às urnas determinados e confiantes. Acreditam na força do seu voto.
Sentem, talvez como nunca, que a Democracia reserva aos cidadãos da República o
maior de todos os exercícios de soberania: julgar sobre quem governa.
Por cá, na “ocidental praia
lusitana”, o torpor é rei. Parece que já nada move ninguém.
A percepção é que seja Pedro, seja
Paulo, ou seja João a governar, vai dar tudo ao mesmo... afinal, se no início
votar era eleger, tendo passado, mais tarde, a ser punir, agora, as pessoas já
nem querem saber… pelo menos, já ninguém perde um segundo a falar disso.
Em 2011, em eleições
“extraordinárias”, com o País falido e o FMI à porta, os portugueses foram
chamados às urnas. Condenaram o Primeiro-Ministro que vinha governando desde
2005, claro. Meio desconfiado, o eleitorado deu, assim, uma maioria relativa,
literalmente, ao líder da Oposição, que beneficiou, obviamente, da dúvida de um
Povo encostado entre a espada e a parede.
Pois até isso o desastrado
“Governo do FMI” arruinou! Já não se trata de saber quem eleger… a coisa chegou
ao ponto de não se saber quem punir… é a impunidade a cavalgar ao deus-dará.
A um ano do fim da Legislatura e
irmos a votos novamente, a verdade é que Portugal está pior… pior que isso,
pior que a obtusa governação, foi este Governo mais não ter sido capaz
que dar cabo da esperança.
Domingo, os portugueses vão puxar
pelo Brasil. Força!