O voto maioritário dos gregos é um apelo, para que entendamos as razões deles, que também são nossas. E uma interpelação, para que que se encontre outro modelo, numa Europa que também é deles.
No discurso que ainda há pouco fez, não vimos em Alexis Tsipras um tiranete ou um extremista. Vimos um democrata e vimos um líder. Vimos aquele que agora passa a ser o principal intérprete da dignidade reclamada. Legítimo.
Nesta tensão entre os países do Sul e do Norte, a questão passa pela proclamação que "ninguém é escravo de ninguém".
Tanto pode ser esse o significado das declarações do governo grego, como já foi esse o significado das declarações do governo finlandês, por exemplo.
Fundamental é que uns e outros confluam no repúdio da "escravatura".
Fundamental é que uns e outros confluam no repúdio da "escravatura".
Abre-se, pois, uma página nova. O tempo de reedificar os alicerces da construção europeia. O tempo de refundar. O tempo inadiável. O tempo da história futura.