Sobre a Mensagem de Ano Novo do PR, toda a gente percebeu o que Cavaco Silva quis dizer. Menos os partidos. Fazem de conta. Acham-se espertos. Acham-nos tolos. Num texto redondo de ansiedade, aquilo que o PR disse foi que:
- Portugal sem Troika precisa de ser governado como Portugal com Troika;
- Portugal precisa que das próximas legislativas saia um governo de maioria absoluta;
- Recomenda-se que a crispação pré-eleitoral não inviabilize um futuro Bloco Central, para o caso do PS não alcançar maioria e o mesmo suceda com o PSD e o CDS juntos;
- O PR está empenhado em dar posse a um Governo de maioria, antes de sair do cargo.
- Portugal precisa que das próximas legislativas saia um governo de maioria absoluta;
- Recomenda-se que a crispação pré-eleitoral não inviabilize um futuro Bloco Central, para o caso do PS não alcançar maioria e o mesmo suceda com o PSD e o CDS juntos;
- O PR está empenhado em dar posse a um Governo de maioria, antes de sair do cargo.
É claro que os partidos estão no direito de subscrever ou refutar esta posição do PR. Tal como também é claro que os partidos, ao evitarem o cerne da Mensagem do PR, estão a começar o Ano Novo com táticas velhas. Nuno Melo, por exemplo, com as suas charadas, parecia um Portas em ponto pequenino. Já a declaração do PSD foi menos má, pois aquela neutralidade transporta significado.