José Seguro garante "abstenção violenta, mas construtiva" (JNotícias, 07.11.2011)
Nem nos dicionários, nos jornais em arquivo, nos diários das sessões parlamentares, nos compêndios de ciência política, ou nos registos da nossa memória tínhamos lido, visto ou ouvido a expressão "abstenção violenta mas construtiva". Espremida, é nada. Pura espuma. Rotunda inconsistência. Mas que soa bem, lá isso soa. Sound bite do cardápio de quem quer dizer tudo e o seu contrário. Habilidade e expediente para passar entre os pingos da chuva sem se molhar.
Definitivamente, António José Seguro adopta o guião que Pedro Passos Coelho utilizou: nada de mostrar sede de «ir ao pote». Não interessa dizer nada de importante. O que importa é dizer aquilo que baste para manter a posição de líder da Oposição, à espera que o adversário caia. O resto são cantigas.
Por um lado, ainda bem...
A inocuidade é como o Melhoral, que não faz bem nem faz mal. Portugal agradece, grande Tozé!