É verdade que perdemos poder de compra quando passamos dos escudos para o euro. Hoje, com 1 euro, que vale cerca de 200$00 não compramos o que dantes estava ao alcance de uma nota de 20.
Mas o euro não trouxe só desvantagens. No tempo dos escudos a nossa moeda valia muito pouco "lá fora".
Mas o euro não trouxe só desvantagens. No tempo dos escudos a nossa moeda valia muito pouco "lá fora".
Quem não se lembra do rombo que era comprarmos "moeda forte", pois em lado nenhum aceitavam escudos? Quem não se lembra dos "camones" chegarem cá com meia dúzia de dólares a tilintar no bolso, e de ficarmos estupefactos com o que levavam?
De volta ao escudo, as nossas dívidas triplicavam e os depósitos desvalorizavam na mesma proporção... esse não pode ser o caminho.
De volta ao escudo, as nossas dívidas triplicavam e os depósitos desvalorizavam na mesma proporção... esse não pode ser o caminho.
Vimos o Presidente do México, Felipe Calderón, fazer uma intervenção muito oportuna na corrente reunião do G20, insurgindo-se contra a deslealdade cambial que a China e outros países asiáticos estão a promover ao desvalorizarem artificialmente as suas moedas. "É um tema difícil, mas não precisamos apenas de um livre comércio, mas sim de um comércio justo", afirmou. E esta realidade está a "rebentar" com a economia dos EUA e da UE, acrescentamos.
Pode parecer demasiado idealista. Mas para que o mundo tenha «comércio justo» é preciso pôr travão às manobras cambiais, harmonizar a moeda à escala global, e seguir também essa orientação relativamente às leis do trabalho e regras de protecção no desemprego, doença, e velhice. Aí, sim, todos ficavam com "bicicletas" iguais à partida. Depois, quem melhor "pedalasse" chegaria primeiro.