sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Centralidade na fronteira



Passos Coelho acorda com Dilma Rousseff cimeira Brasil-Portugal em 2012

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, acordou quinta-feira com a presidente brasileira, Dilma Rousseff, a realização de uma Cimeira Brasil-Portugal em 2012, com o objectivo de estimular alianças estratégicas entre empresas dos dois países.
"A nossa cimeira bilateral ficará subordinada ao tema de uma aliança para o crescimento sustentado e o grupo de trabalho já está a trabalhar", observou.
O primeiro-ministro confirmou que ambos "passaram em revista o plano de privatização" que está em curso em Portugal e que o país vê com "bons olhos" as proposta de companhias brasileiras.

(Fonte: Jornal de Negócios online, 28 Outubro 2011 / 00:18 Lusa)

Nada está seguro. Mas os resultados da Cimeira do Euro foram satisfatórios e indicam, finalmente, uma estratégia, quando antes parecia não haver nenhuma. A Portugal, que tem o seu caminho bem delineado, importa continuar firme no propósito de alcançar uma credibilidade externa que livre o País da "zona da despromoção". Embora ainda ténues, vão surgindo sinais nesse sentido.

É por isso que a frente atlântica e lusófona, em especial o Brasil, pode traduzir-se numa importância equivalente ao resultado dos esforços dentro da União e do Eurogrupo. Estando periclitantes ou menos confortáveis na Europa, será do outro lado do mar que iremos buscar o peso necessário para desequilibrarmos o fiel da balança a nosso favor, tal como propiciar ao «BRIC» que fala a nossa Língua uma porta franca de entrada no Velho Continente.

Em última análise, é na geografia e na história que está a mais preciosa valia pátria. Hoje, como há 500 anos. De futuro, não poderemos esquecer a lição. A nossa centralidade está sempre na fronteira.