Num tempo em que os jovens portugueses pareciam estar em "letargia", as manifestações promovidas pela «Geração à rasca», que contaram com uma adesão muito expressiva, em vários pontos do País, e têm muito que se lhes diga, sobretudo por terem contado com a participação de pessoas de meia idade e até bastantes idosos. Daqui ressalta um sentimento mais amplo - o de Portugal inteiro "à rasca".
Diziam querer levar à rua a sua indignação. Conseguiram-no.
Mas para lá das expressões de descontentamento que podem, de facto, vir a ter um efeito detonador brevemente, quais serão as reais consequências desta indignação? É que, afastadas as organizações "clássicas", as ditas "forças orgânicas", teriam que ter emergido líderes à cabeça dos protestos. Isso seria retirar a pureza do espírito fundador, dirão.
Pois é. Mas os «Homens da Luta» apesar de excelentes animadores de intervenção não parece que possam chegar para tudo, e "a cidadã" Joana Amaral Dias, por muito boa vontade que tenha demonstrado com a sua participação, também talvez nã seja exactamente o rosto mais adequado de uma jovem "à rasca".
Se querem ser consequentes, depois do feito que foi ter posto milhares de portugueses na rua através de uma convocatória via redes sociais, agora derenrasquem-se, que a partir de agora o «movimento» deixou de ser virtual.