Tanto lá como cá, a anódina conversa informal entre o ministro das Finanças português, Vítor Gaspar, e o seu homólogo alemão, Wolfgang Shauble, cujo som foi gravado e difundido pela TVI, causou polémica.
Independentemente das regras do centro de imprensa do conselho de ministros da União Europeia serem claras no que respeita à divulgação de imagens nos chamados «tours de table», devemos questionar se a liberdade de informação e o direito que lhe corresponde não colide por vezes com bens superiores, do foro da deontologia, da ética e, no caso, dos mais elevados «interesses de estado». Para mais, tratando-se de uma estação portuguesa, um membro do Governo do nosso País, e a reputação do Estado num contexto especialmente difícil, de «sobrevivência», por assim dizer.
Esta «informação» da TVI serviu o quê? A quem?
O serviço, por ser privado, não deixa de ser de interesse público.