Miguel Sousa Tavares resumiu bem a coisa 4ª feira passada, no Jornal da Noite da SIC.
Para quem não viu, aqui fica o link:
Começa agora a discussão sobre a possibilidade de ser criada legislação que obrigue os titulares dos cargos públicos a incluir nas suas «declaração de interesses» se pertencem a organizações secretas e quais. Que parvoíce! Então, bastaria que o deputado X ou Y, por exemplo, informasse pertencer à maçonaria para que tudo ficasse sanado? Francamente! Mais sentido faria abrir a discussão sobre o «lobbying» em Portugal. Toda a gente sabe que é praticado «na clandestinidade», confundindo-se com tráfico de influências, e que certas organizações dão-lhe abrigo.
O problema não está na declaração, como é óbvio. Isso é matéria que deve ficar ao critério individual de cada um. O problema radica no cerne das próprias organizações e, no caso das lojas maçónicas, da sua compatibilidade com a legalidade democrática, pervertida e desactualizada que estão relativamente aos leitmotifs do passado. Para Vasco Gonçalves vir falar em «gangs», imagina-se o que por ali não vai...
A podridão do sistema é mais grave do que a crise e as medidas impostas pela Troika.
Em quem é que havemos de acreditar???
Nos partidos? No Parlamento? Nos juízes? Nos media? Nas polícias? Nos sindicatos? Na Igreja?...
Nos partidos? No Parlamento? Nos juízes? Nos media? Nas polícias? Nos sindicatos? Na Igreja?...
O terreno está fértil para que novos sidonismos germinem, isto, só para não irmos um pouco mais à frente nas páginas da História, que também vai e volta, tal como a moda.