terça-feira, 17 de março de 2015

CPI BES - A verdade era mais simples

 
 

Quase todos dizem não saber, não se lembrar, não ter tido intervenção, ou escudam-se em respostas redondas, palavras inócuas ou "rodriguinhos" técnicos.
 
A verdade é esta:
 
Todos os inquiridos sabiam, muito antes, que o BES estava em sério risco de "rebentar". Todos tiveram conversas sobre o espectro da falência do BES, muito antes. Todos, muito antes, procuraram a melhor maneira de não apanharem com os estilhaços do BES.
 
Há meses e meses que se comentava, em toda a Lisboa, o naufrágio iminente do BES.
 
É indecente assistirmos agora a um desfile de testemunhos "ensaiados", onde os depoentes preferem fazer de parvos ou "virgens ofendidas" a ser remotamente chamuscados, sem qualquer pudor em fazer de nós parvos, assim minando, cada vez mais, a confiança dos cidadãos nos titulares dos órgãos de soberania e várias destacadas organizações.
 
Por que razão não dizem:
 
"Sabíamos. O assunto foi acompanhado. Houve várias conversas. O Governo não podia socorrer o BES, nem tinha que o fazer, tendo optado, portanto, por não nacionalizar o Banco, por se ter afigurado preferível para o interesse público. A regulação teve as insuficiências que são de todos conhecidas. O mais é matéria criminal, que segue a tramitação prevista"?
 
Por que razão não dizem isto? A verdade.