O filme/documentário «Inside Job» mostru-nos como se gerou a crise do subprime nos Estados Unidos, e as consequências económico-financeiras que daí advieram, primeiro para os EUA, logo seguidas de fortes repercussões na União Europeia.
Desde 2008 para cá temos assistido a vários «filmes», em especial os dos denominados PIGS, com a Grécia à cabeça, seguida de Portugal e da Irlanda, sendo que «a fita» também nos chegou de Itália e de Espanha, mesmo aqui ao lado.
No fundo, toda a zona euro é hoje um «pig», incerto que é o futuro da moeda europeia e, por arrasto, da própria construção da união política dos 27 estados-membros, apesar da multiplicidade esforços, iniciativas e diligências das instituições comunitárias, do eixo franco-alemão e de várias outras entidades para ir encontrando soluções de para estancar a crise e estabilizar financeira, económica e socialmente toda a UE.
Pela parte que toca a Portugal, cujo destino está amarrado ao sucesso da «receita da Troika», o Primeiro-Ministro, que não tem, objectivamente, condições para fazer promessas a não ser «cumprir», foi à televisão e, em abono da verdade, disse o que pode dizer... que temos que aguentar, «custe o que custar», pelo menos até ao último trimestre deste ano ou primeiro de 2013. Disse a verdade aos portugueses. E a verdade é que, para lá do grande esforço financeiro para a consolidação orçamental, o que sobra é «uma mão vazia e outra cheia de coisa nenhuma». Outro, no lugar dele, qualquer que fosse, poderia anunciar algo diferente, isto, dentro dos parâmetros do compromisso assumido por Portugal para obter ajuda externa.
A Oposição, logo veio acusá-lo de «vender ilusões»...
Ora, passando das ilusões para a realidade e dos «filmes» para planos concretos, era bom que todos, tanto do Governo como da Oposição, quer empresas quer cidadãos, tivessem presente um caso que, não obstante todas as diferenças da estrutura sócio-económica, política e cultural com o caso português, ainda assim, terá o seu lado «pedagógico», para que todos estejam cientes da «solução» na eventualidade das medidas em curso não resolverem coisa alguma.
Aqui fica, pois, um apontamento sobre a Islândia que, como todos sabem, faliu, e agora «amanha-se como pode», não deixando de ser curioso que por lá «vive-se com o que se tem», e nem por isso nos chegam notícias que aquele povo está a passar assim tão mal, ao contrário do que seria de esperar:
How Iceland Is Rebuilding Its Economy With Social Media
Fonte: Mashable Social Media, by Samantha Murphy