domingo, 25 de março de 2012

Passos Sócrates


Se o primeiro dia do Congresso do PSD ficou marcado pela figura de Paulo Portas, no segundo pontificou o «fantasma» José Sócrates. Excepção feita a intervenções, em parte, como a de Jorge Moreira da Silva, Alberto João Jardim e mais um ou outro, na falta de «repertório», tal como o Senhor Presidente da República, também o órgão máximo dos social-democratas parece sentir necessidade de «exorcizar» a imagem do anterior Primeiro-Ministro, e assim expiar todo o mal.

É impressionante como no espaço de poucas semanas José Sócrates, ausente, calado, e «sem mexer uma palha» é repescado para a vida política portuguesa. O que será quando voltar e disser que quer falar?... especialmente quando achar por bem contra-atacar às purgas em curso contra o seu Governo, as quais fazem o delírio de incautos promotores.

Caso o Congresso tivesse terminado esta noite e a Pedro Passos Coelho não lhe sobrasse ainda a soberba possibilidade de se elevar no costumado discurso do encerramento, reservado para Domingo, onde poderá depositar rasgo e alma, alumiando o caminho, como lhe cabe, o XXXIV Congresso do PSD, numa palavra, quedar-se-ia por um «sofrível», isto, atendendo ao quadro geral dos partidos.