foto: Paulo Spranger / Global Imagens
Pedro Passos Coelho foi esta noite reeleito Presidente do PSD, com 95,5% por cento dos votos expressos dos militantes do partido.
Vimos, em directo, e ainda há pouco, o Primeiro-Ministro fazer uma declaração e responder a perguntas da comunicação social sobre estas eleições internas...
A aferir pelo tom, pela expressão, e pelo alcance das palavras de Passos Coelho, a narrativa só nos merece um comentário:
O score dos 95,5% alcançados dentro do PSD hão-de chegar para que o Presidente do Partido cumpra os dois anos de mandato, agora renovado, e em que vai ser reinvestido brevemente, no Congresso do Partido, a 23, 24, e 25 deste mês.
Todavia, quanto ao pulsar do País relativamente ao Governo, esta vitória vale pouco mais que nada.
A Legislatura vai até 2015... ninguém sabe se Passos Coelho e a Coligação que governa duram até lá.
Esta desconfiança, retratada no rosto do próprio esta noite, é fatal. Não para a pessoa do Primeiro-Ministro, que ninguém duvida do mega-esforço a que é obrigado, e do peso do fardo que carrega, por inerência da mais exigente das funções. Mas fatal para Portugal, onde, cada dia que passa, mais se vê no Chefe do Executivo um George Papandreu, no Secretário-Geral do PS um Antonis Samaras, e no Senhor Presidente da República um Durão Barroso. A Grécia.