terça-feira, 6 de março de 2012

A passos de um «case study»


Para não falarmos do QREN e do «tiro ao Álvaro», passemos ao «tiro à Bloomberg» do Primeiro-Ministro:

Passos Coelho: "Dentro de alguns meses Portugal será um caso de sucesso mais favorável"Na entrevista que deu à Bloomberg, Passos Coelho fala claramente para os mercados. Afasta a possibilidade de Portugal reestruturar a dívida e confia que no final deste ano o país terá outra imagem junto de analistas e investidores, a tempo de regressar aos mercados em 2013. Se tal não acontecer, devido a motivos externos, o primeiro-ministro diz que o programa de ajuda pode ser estendido. (...)
Ler mais:
(Fonte: Jornal de Negócios online, 05 de Março 2012, 23:48)



"Portugal não vai alterar metas do défice"
Primeiro-ministro Passos Coelho garante que "de maneira nenhuma" seguirá o caminho de Espanha.

Ler mais:
http://aeiou.expresso.pt/portugal-nao-vai-alterar-metas-do-defice=f709314#ixzz1oIfGKD1Q
(Fonte: Exame/Expresso, Terça feira, 6 de março de 2012, 0:35)

Fica a pergunta:

Se Portugal não regressar aos mercados em 2013, «devido a motivos externos», como diz o PM, será sinal que a conjuntura económica portuguesa e da zona euro não inverteu a tendência recessiva, dizemos nós.

Ora, sem mais receita, sem mais produtividade, sem mais competitividade e sem mais exportações, seremos obrigados a um 2º plano de assistência financeira.

Para um cenário desses (que Passos Coelho afasta, tal como José Sócrates afastava o FMI, ou certos governantes que refutavam a gestão danosa das PPP´s) há-de haver um «plano B».

Já alguém fez as contas aos juros e por quantos anos mais duraria a «hipoteca do PIB» nacional? 

Eu não quero, ninguém quer, passar o resto da vida com o nosso País hipotecado. 

Honrar os compromissos, cumprir os acordos? Sem dúvida. Mas adorar «vacas sagradas» e nada fazer para que a UE perceba que está a cavar a sua própria «sepultura», isso é que jamais.