quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A Santa Casa não é dos partidos

A notícia de hoje do jornal I, com chamada de capa "Santana Lopes avança para a Câmara em 2017", só pode ser uma brincadeira rasca, própria de quem não faz a mais pálida ideia da responsabilidade que recai sobre quem representa instituições e serve causas públicas ou comunitárias.
 
Quem não consiga entender o compromisso social e institucional inerente ao exercício das mais altas funções na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, não serve a SCML, não serve a Lisboa, não serve o País, nem serve coisíssima alguma.
 
Além disso, arrastar a SCML para o plano de uma intrujice de meter dó, é uma grande falta de respeito. É intolerável para com a Instituição e as entidades a que estatutariamente está vinculada.
É pernicioso para com o Provedor e aqueles que o acompanham na Mesa.  É danoso para com os mais de 5000 dirigentes e colaboradores, que todos os dias trabalham por um Compromisso incessante, com mais de 500 anos, que todos os dias se renova, sem outra "agenda" que não seja a própria.
 
Enquanto administrador da SCML, sob proposta do Provedor, repugno, portanto, o teor da notícia do jornal I, sem embargo de me associar ao que o Dr. Pedro Santana Lopes disser sobre a mesma, no tempo e no modo que entender por bem fazê-lo.
 
Fazer bem aquilo que está a ser feito e fazer bem o que falta fazer na SCML, do primeiro ao último dia do mandato, em lealdade e cooperação, seja com o Governo ou Câmara Municipal em funções, assim como as entidades, organizações ou pessoas singulares que todos os dias depositam confiança na Misericórdia.
 
É assim que deve ser, é assim que foi, é assim que será. Independentemente das convicções políticas, das opções partidárias e das liberdades cívicas, que também a todos assistem, sempre.