domingo, 6 de julho de 2014

BES - É o que parece ou parece o que é?

   
 

É bom que o BES, que parece viável, seja apartado do sector não financeiro do GES, que parece pantanoso? É.
 
É bom que a solução encontrada para a administração do BES, que parece positiva, seja capaz de dar bom governo ao Banco e suster rapidamente a nuvem de desconfiança que se abateu sobre a instituição? É.
 
É bom que o BES entre num novo ciclo, que parece afigurar-se saudável, e seja um parceiro sólido da economia portuguesa? É.
 
 
Parece que o Governo, mais ou menos discretamente, com o concurso dos accionistas, a bênção de Belém e o patrocínio do Banco de Portugal, conseguiu engendrar um quadro tipo «socialismo de mercado», passando o BES para a batuta da sua esfera de influência? Parece.
 
Parece que o Primeiro-Ministro, ao ter salientado o perfil tecnocrata da troika que vai para o BES, sentiu necessidade de neutralizar a ligação política de Vítor Bento, Paulo Mota Pinto e João Moreira Rato a ramos da família política que lidera? Parece.
 
Parece que o PSD não é do BES mas o BES é do PSD? Parece.