quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O Povo é sereno. Até quando?

O Povo foi sereno.  O Povo tem sido sereno.  O Povo está a ser sereno...
 
Agora:
- Perante a "debacle"da III República, há muito prenunciada;
- Perante a "evaporação" dos representantes políticos do espaço sociológico do socialismo-democrático, da social-democracia e da democracia-cristã, que assistem impávidos a uma "expropriação" de doutrinas e valores que esqueceram, não aprenderam ou nem perfilham;
- Perante a tentativa de "fraude da vontade popular", acompanhada da propositura de um "golpe de Estado", em que apenas se joga a sobrevivência de um grupo de pessoas insaciáveis de poder pelo poder;
- Perante um Presidente da República cada vez mais só, tal a "debandada" que se verifica por parte de muitos, que durante décadas foram seus convictos apoiantes;
- Perante uma comunidade nacional que nos últimos anos passou, e ainda está a passar, "as passas do Algarve", quando, aqui chegados, muitos não só não vislumbram horizontes de dignidade como estão mais pobres, com o pão a escassear nas mesas;
 
Bem pode dizer-se que o Povo foi sereno, que o Povo tem sido sereno, que o Povo está a ser sereno.
 
Agora:
Por quanto mais tempo Portugal suportará esta "bagunça", sem que o Povo saia à rua?
Esperemos que "só fumaça" baste para virar a página da História, para que o Regime se refunde, para que as Instituições se fortaleçam, e para que o País se erga de novo. Com Democracia, com Trabalho e com Justiça Social. Em Liberdade, em Tolerância e em Paz.