quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Chatham house rule eleva o debate

 
Na falta de melhor argumento, lá vem o argumento geralmente usado para convencer os indígenas:
 
«Lá fora faz-se assim»...
 
Foi o que aconteceu no primeiro dia das conferências do Palácio Foz, o tal debate em que Passos Coelho muto queria ver a sociedade civil envolvida. 
 
E assim singrou a Chatham house rule, de imediato subscrita por Arnauts & Companhia.   
 
Diz-se que a regra permite que os participantes falem com toda a liberdade, e que é propiciador de um debate franco sobre os temas em causa.
 
Talvez seja. Mas para outro tipo de reuniões: o Conselho de Ministros, por exemplo, ou até encontros entre conhecidos comentadores políticos e membros do Governo...
 
Neste caso, uma vez que, está visto, o debate pouco mais serve que para emoldurar as «dúvidas» do Secretário de Estado Carlos Moedas, em vez de dizerem que iam utilizar a Chatam house rule, bem podiam ter dito, «os governos tecnocratas fazem assim» ou, «no Estado Novo fazia-se assim».