quinta-feira, 7 de abril de 2011

La Piovra


Dito e feito.
Num dia, o "cartel" da banca portuguesa reune e diz, acabou-se o financiamento ao Estado. Na tarde do dia seguinte, logo o Primeiro-Ministro vem à televisão comunicar ao País que estamos condenados a pedir ajuda externa, sob pena de Portugal entrar em ruptura financeira.

Entretanto, cá dentro, as eleições prometem animar a malta.
Sucedem-se apelos para que a campanha decorra pela positiva, com moderação, tino e sem nada de "espingardar"...

Ora aí está... uma excelente ocasião para convocarmos ao sereno debate a questão do financiamento partidário, que mina e corrompe a própria Democracia.

Era bom que os maiores "sponsors" dos partidos passassem, também aqui, a ser mais criteriosos.
Tal como deverá constituir elementar dever que os eleitores, contribuintes, (devedores aos bancos), sejam informados sobre quem financia quem, sobretudo agora, nestes tempos de especial rigor e austeridade.

Chovem queixas contra a classe política.
Medíocre, dizem uns, lacaios, sussurram outros.
Pois... mas quem é que tira, põe e dispõe, quando abre ou fecha a torneira do financiamento necessário a este ou àquele partido, ao candidato X ou Y
E a troco de quê? Filantropia? Há, ou não, promiscuidade entre a banca e a classe política, e através desta, com o Estado?

Sejam quais forem as respostas, e porque nem tudo é lícito e nem tudo é lixo, sempre se diga que:
Portugal é dos patriotas, não é dos agiotas!