sexta-feira, 8 de abril de 2011

Procura-se Primeiro-Ministro



Há expressões para todos os gostos - «salvação sacional», «coligação alargada», «maioria estável», etc.
Isso não importa.

Ganha lastro a ideia daqueles que defendem que o próximo Governo necessita, obrigatoriamente, de um programa para cumprir, de verdade, de um suporte parlamentar maioritário, de um pacto, desta vez «Povo/Partidos», e que aqueles que forem chamados ao novo Executivo estejam acima de quaisquer suspeitas.

Isto, tanto em relação ao seu descomprometimento com as corporações, clientelas e os interesses do costume, como ao seu próprio futuro neste ou naquele lugar ao serviço da causa pública. Essa, será a única via para poderem levar por diante as reformas que se exigem, sem as habituais complacências.
De certo modo, é um regresso à política pura e dura, no melhor sentido. 

Para que tal seja possível, há um requisito fundamental - os membros do próximo Governo deverão ser figuras com autoridade bastante, que mereçam respeito, que saibam ouvir e dialogar, mas que não receiem decidir e assumir as responsabilidades a cada momento.
Alguém em quem os portugueses sintam que podem confiar.
A governação tem de ser entregue a pessoas de bem.  


Ora, esta é a ideia geral que perpassa um pouco por todo o lado.

Há um "senão":

Como ainda não sabe ao certo no que é que isto vai dar, as personalidades mais influentes junto da opinião pública ficam-se por aqui, mais coisa menos coisa.
Isto, quando, toda a gente que avança com este discurso está farta de saber que José Sócrates, por muito lutador que seja, já não tem mais "capital" para um próximo Governo de legislatura, e que Pedro Passos Coelho, por muito fresco que esteja, não tem "arcaboiço" para chegar a mais do que aquilo a que já chegou.

É esta a hora de dizer o que tem de ser dito:
Procura-se Primeiro-Ministro.

O resto, é conversa.