sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Voando sobre um ninho de vespas


Miguel Sousa Tavares resumiu bem a coisa 4ª feira passada, no Jornal da Noite da SIC.

Para quem não viu, aqui fica o link:

Começa agora a discussão sobre a possibilidade de ser criada legislação que obrigue os titulares dos cargos públicos a incluir nas suas «declaração de interesses» se pertencem a organizações secretas e quais. Que parvoíce! Então, bastaria que o deputado X ou Y, por exemplo, informasse pertencer à maçonaria para que tudo ficasse sanado? Francamente! Mais sentido faria abrir a discussão sobre o «lobbying» em Portugal. Toda a gente sabe que é praticado «na clandestinidade», confundindo-se com tráfico de influências, e que certas organizações dão-lhe abrigo.

O problema não está na declaração, como é óbvio. Isso é matéria que deve ficar ao critério individual de cada um. O problema radica no cerne das próprias organizações e, no caso das lojas maçónicas, da sua compatibilidade com a legalidade democrática, pervertida e desactualizada que estão relativamente aos leitmotifs do passado. Para Vasco Gonçalves vir falar em «gangs», imagina-se o que por ali não vai... 

A podridão do sistema é mais grave do que a crise e as medidas impostas pela Troika.

Em quem é que havemos de acreditar???
Nos partidos? No Parlamento? Nos juízes? Nos media? Nas polícias? Nos sindicatos? Na Igreja?...
O terreno está fértil para que novos sidonismos germinem, isto, só para não irmos um pouco mais à frente nas páginas da História, que também vai e volta, tal como a moda.