De mota é que era!

O Presidente da República, que se encontra em Praga, vai regressar a Lisboa por via rodoviária, devido à interrupção do tráfego aéreo causada pelas cinzas expelidas por um vulcão da Islândia.

A nuvem de cinzas que cobre grande parte da Europa continua a impedir os voos nos céus da República Checa e da maior parte dos países europeus, tendo a situação piorado na última noite.

Ao início da tarde de hoje, Cavaco vai dirigir-se de carro a Estrasburgo (França), onde pernoitará. No domingo, o Presidente viaja de automóvel para Barcelona (Espanha), onde terá um avião Falcon à sua espera para o transportar para Lisboa, se nessa altura os aeroportos espanhóis e portugueses permanecerem abertos.

Se a nuvem de cinzas tiver causado o encerramento dos aeroportos ibéricos, o Presidente ficará uma noite em Barcelona ou Madrid, para na segunda-feira viajar de carro para Lisboa. Assim sendo, na pior das hipóteses, o Presidente, a sua mulher e os cerca de 100 empresários, assessores, jornalistas e demais convidados que o acompanham deverão chegar a Lisboa a meio da tarde de segunda-feira.

O Presidente vai regressar numa caravana composta por dois veículos, sendo acompanhado apenas da mulher, Maria Cavaco Silva, dos secretários de Estado que participaram na viagem, do chefe da sua Casa Civil, do seu Ajudante de Campo e da equipa de seguranças. As autoridades policiais da República Checa, Alemanha, França e Espanha vão garantir a segurança da caravana presidencial durante a sua passagem pelos respectivos países.

Já a comitiva de empresários e de jornalistas que acompanhou o Presidente nesta viagem seguirá alguns quilómetros atrás de Cavaco Silva, em três autocarros fretados para o efeito. Chegada a Barcelona, a comitiva será transportada para Lisboa num avião Hércules C-130 da Força Área Portuguesa.

O Presidente da República encontra-se em Praga desde quarta-feira, no âmbito de uma visita de Estado à República Checa. A viagem oficial deveria ter terminado na sexta-feira, mas a nuvem de cinzas da Islândia obrigou a comitiva presidencial a permanecer mais um dia na capital deste país da Europa Central.

(Texto, "Diário Económico online", 17.04.2010)