sábado, 6 de fevereiro de 2010

Para que conste - ADP

Exposição de Motivos ADP (excertos)


(...) Considerando ainda que:

- Portugal está demasiado vulnerável aos efeitos que os “factores externos” acarretam e precisa de encontrar uma resposta forte, que permita adaptar o país à nova realidade global, na prossecução da defesa dos mais altos e inalienáveis interesses nacionais;

- A República Portuguesa assiste a um acentuado definhamento da credibilidade, eficácia e autoridade das suas instituições, num torpor sem paralelo nas últimas três décadas;

- A descrença dos portugueses nas organizações políticas existentes, a falta de alternativas e a “condenação” a um cansado movimento pendular - dentro um bloco central de dois partidos - não por escolha de um, mas por sucessivas decepções em relação ao outro;

- O agravamento da crise social, resultado da recessão económica, e a percepção do colapso iminente, esgotado o último Quadro Comunitário de Apoio em 2013;

- As assimetrias gritantes, entre o litoral e o interior, as maiores cidades e as suas malhas suburbanas, as disparidades entre grandes massas pobres e alguns poucos ricos, bem como as condições degradantes a que são votados os mais idosos;

- A falta de incentivos para o incremento da produtividade e a ausência de critérios equitativos para a mais justa redistribuição da riqueza;

- O sentimento de frustração das gerações mais novas, que se deparam com obstáculos graves para a aplicação do seu mérito, muitas vezes intransponíveis, vedadas que estão as oportunidades para a sua realização pessoal, profissional e social, e vêm assim hipotecado o seu futuro;

É dever:

Agir em consequência e proceder a uma conjugação de esforços, aliando plurais vontades, alicerçadas num tronco comum, de modo a que se edifique um amplo programa nacional, adequadamente veiculado pela constituição de uma nova força política – Aliança Democrática Portugal - que restaure a confiança ao povo português, indique o rumo para a construção de uma sociedade mais próspera, e devolva a convicção e o arrebatamento que faltam a Portugal. (...)


(...) A matriz da Aliança Democrática Portugal está inscrita na trilogia a que os seus símbolos apelam, enquanto expressão da raiz, identidade e desígnios de um projecto político nacional que convoca os portugueses para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, num Estado de Direito Democrático onde os princípios da dignidade da pessoa humana, da liberdade, do bem comum e da responsabilidade social são absolutamente indeclináveis.



(...) A Aliança propõe-se apelar aos cidadãos para um empenho destemido e participação na causa pública, de que o país carece, através de uma mensagem que reúna, congregue, concilie e incentive todos os cidadãos e organizações que, em consciência e de modo responsável, estejam dispostos a interpretar fielmente a vontade de uma ampla base popular, que não se revê nos partidos tradicionais e entende ser chegado tempo de refundar, promovendo-se um projecto político capaz de sintetizar, com verdade e clareza, um caminho de autenticidade, cujo objectivo é dar governo a Portugal.

(...) A desconfiança e o alheamento dos cidadãos relativos aos pilares estruturantes do sistema, sentimentos especialmente agravados entre as gerações mais novas, estão elevados a níveis preocupantes, muito prejudiciais à essência da democracia o que, em última análise, acarretará a desvitalização da natureza do próprio regime e a “falência” das instituições do Estado. É imperativo nacional regenerar a democracia, contrariar os sinais de anemia que a consomem, devolver-lhe confiança e pugnar pelo aperfeiçoamento constante dos seus mecanismos, considerando a constante evolução da realidade social, de modo a assegurar, designadamente, a efectiva aplicação/protecção directa dos direitos, liberdades e garantias fundamentais, tal como consagra a Constituição da República.

(...) A nossa Pátria é muitíssimo mais vasta que a mera soma do território continental e dos arquipélagos, da população e da soberania. A comunidade nacional, organizada politicamente, corresponde ao Estado Português. A portugalidade supera-o. Pela nossa Língua, pelo nosso património natural, histórico, cultural e humano, pela nossa posição geoestratégica, pela nossa condição europeia, pela nossa propensão atlântica, pela nossa diáspora, pela nossa vocação universal, e pela nossa capacidade ímpar na promoção do diálogo inter-civilizacional, da tolerância e da paz que se impõem ao mundo. Jamais poderemos abdicar dos nossos activos, cada vez mais valiosos neste tempo de globalização, cujos antecedentes históricos inaugurámos. (...)

Website ADP, 25 de Abril de 2007