sábado, 6 de fevereiro de 2010

Para que conste - Francisco Sá Carneiro

Evocar é pouco...

Contam-se hoje 29 anos sobre a morte de Francisco Sá Carneiro. Caso a vida não lhe tivesse sido ceifada, teria completado 75 anos, a 19 de Julho passado.

Sabemos que as personalidades carismáticas - sobretudo quando desaparecidas trágica e prematuramente, em pleno exercício das mais elevadas funções de Estado - costumam ascender a uma «galeria de mitos», que a História se encarrega de iluminar, ficando acesa a memória e vivo o legado de quem, partindo, deixa marca aos contemporâneos e vindouros.

Sucedem-se, portanto, miríades de evocações, individuais e colectivas, em especial nas datas mais simbólicas, ou quando “momentos altos” assim o determinam. Aqui, sabemo-lo também (bastando-nos aferir pela sua convicção e correspondente conduta), uns há com legitimidade inteira, outros com razões plenas, e ainda outros que merecem lhes seja reconhecido direito a essa honra. Dos «fariseus», restantes e abundantes, um sopro chega para desmascarar. Não é esse, porém, o juízo que mais importa, ou sequer a destrinça entre idolatria insana e lúcida referência.

Sobre Francisco Sá Carneiro já “tudo” foi dito. Tornar a evocá-lo, portanto, será pouco. Melhor seria que quem o evoca pensasse no que o Fundador do PPD teria para dizer, hoje... olhando para o Partido, que criou... e para o País, que serviu e amou.

Fórum Ilha das Flores, 04 de Dezembro de 2009